Oriente Médio: a Síria afirma que a falta de segurança devido à guerra civil tem atrasado o transporte das substâncias (Bassam Khabieh/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 17h34.
Haia - A Síria não vai retirar de seu território suas armas químicas a tempo de destruí-las antes do final de junho, conforme previsto pelo acordo aprovado pela ONU, indicaram nesta quinta-feira fontes diplomáticas.
O governo sírio afirmou à Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) que concluirá o processo de retirada das 1.200 toneladas de agentes químicos até o final de maio, segundo uma fonte ligada à organização.
O plano de desarmamento químico da Síria, aprovado pela ONU depois de um acordo entre Moscou e Washington, prevê a eliminação de todo o arsenal químico sírio até 30 de junho.
As substâncias químicas em questão devem ser transportadas do porto sírio de Latakia para o porto italiano de Gioia Tauro, onde serão depositadas em um navio da Marinha dos Estados Unidos, equipado especialmente para destruí-las.
Esse processo deve levar cerca de 90 dias e, por isso, será impossível destruí-las no tempo previsto.
A Síria afirma que a falta de segurança devido à guerra civil tem atrasado o transporte das substâncias.
Em 6 de fevereiro, o Conselho de Segurança das Nações Unidas enviou uma severa advertência, mas nenhum prazo, ao regime sírio exigindo mair rapidez no transporte de seu arsenal químico.