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Síria está completamente livre do Estado Islâmico, diz Rússia

País anunciou que a "missão do exército russo de eliminar o grupo terrorista Estado Islâmico está concluída" e que o território foi totalmente libertado

Síria: em pouco mais de três anos, o Síria:"califado" proclamado pelo EI na Síria e no Iraque perdeu praticamente todas as suas posições (Bassam Khabieh/Reuters)

Síria: em pouco mais de três anos, o Síria:"califado" proclamado pelo EI na Síria e no Iraque perdeu praticamente todas as suas posições (Bassam Khabieh/Reuters)

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AFP

Publicado em 7 de dezembro de 2017 às 14h25.

Última atualização em 7 de dezembro de 2017 às 14h35.

A missão do Exército russo na Síria está completa e o território sírio está totalmente libertado do grupo Estado Islâmico (EI), anunciou nesta quinta-feira o Ministério russo da Defesa.

"A missão do exército russo de eliminar o grupo terrorista Estado Islâmico está concluída", informou o ministério em uma coletiva de imprensa.

"O território sírio está libertado completamente dos combatentes desta organização terrorista", afirmou o general Serguei Rudskoi, do Estado-Maior russo.

Segundo o general Rudskoi, durante os últimos dias foram realizados ataques aéreos sem precedentes na região de Bukamal, a última localidade importante no poder do Estado Islâmico.

Os aviões russos realizaram todos os dias mais de cem missões de combate.

As forças russas especiais guiaram os ataques aéreos e "destruíram os líderes mais abomináveis dos grupos de combatentes por trás das linhas inimigas", afirmou.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o EI controla ainda 8% da província de Deir Ezzor (leste) contra a quase totalidade de há alguns meses.

"Bandos de sabotadores do Estado Islâmico podem operar, mas serão combatidos por tropas sírias", acrescentou o general russo.

Ele afirmou ainda que o contingente russo concentrará agora seus esforços em proporcionar ajuda ao povo sírio a fim de reconstruir a paz.

Em 21 de novembro, a Rússia anunciou o fim da fase ativa da operação militar na Síria, onde o exército russo apoia o regime do presidente no poder, Bashar al-Assad.

A intervenção militar russa na Síria, lançada em 2015, permitiu ao exército sírio retomar a cidade história de Palmira e expulsar os rebeldes de seu reduto em Aleppo, no norte.

Em pouco mais de três anos, o "califado" proclamado pelo Estado Islâmico na Síria e no Iraque perdeu praticamente todas as suas posições.

Isso não significa o final da presença militar russa na Síria. O exército russo anunciou em outubro de 2016 sua intenção de transformar suas instalações portuárias em Tartus (noroeste) em base naval permanente, como acontece com a base aérea de Hmeimin.

Da mesma forma, os Estados Unidos planejam manter uma presença militar na Síria "pelo tempo que for necessário", conforme informou na terça-feira o porta-voz do Pentágono, Eric Pahon.

"Vamos manter nosso compromisso no lugar pelo tempo que for necessário, para apoiar nossos parceiros e impedir a volta de grupos terroristas" ao país, disse Pahon.

Diplomacia

No campo diplomático, a delegação do regime se unirá no domingo às negociações sobre a Síria organizadas pela ONU em Genebra, conforme anunciou nesta quinta-feira o ministério sírio das Relações Exteriores.

"A delegação do governo sírio chegará no domingo a Genebra para participar na 8ª rodada de negociações", afirmou uma fonte do ministério citada pela agência Sana.

Depois de três dias de interrupção, as conversações sobre a Síria organizadas pela ONU foram retomadas na terça-feira em Genebra sem a delegação do governo de Damasco.

A oitava rodada de negociações começou em 28 de novembro com o objetivo de acabar com a guerra que devasta a Síria há quase sete anos.

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