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Síria denuncia retirada "criminosa" de capacetes brancos por Israel

Com frequência o regime sírio e seus aliados acusam os socorristas de estarem ligados a grupos extremistas e de "mentirem" sobre operações suas militares

Israel anunciou que os socorristas foram enviados para a Jordânia a pedido da Grã-Bretanha, Alemanha e Canadá, disse o governo israelense (Alaa al-Faqir/Reuters)

Israel anunciou que os socorristas foram enviados para a Jordânia a pedido da Grã-Bretanha, Alemanha e Canadá, disse o governo israelense (Alaa al-Faqir/Reuters)

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AFP

Publicado em 23 de julho de 2018 às 10h02.

As autoridades de Damasco denunciaram, nesta segunda-feira (23), uma "operação criminosa" depois de Israel retirar um contingente de Capacetes Brancos e suas famílias do sul da Síria - informou a agência oficial de notícias Sana.

"As palavras não bastam para expressar a ira de todos os sírios diante desses complôs desprezíveis e desse apoio sem limite dados pelos países ocidentais, Israel e Jordânia à organização dos Capacetes Brancos", afirma uma fonte do Ministério sírio das Relações Exteriores, citado pela Sana.

"A operação criminosa de Israel" mostrou "a verdadeira natureza" dos Capacetes Brancos, insistiu a fonte.

A Síria "já havia advertido sobre o perigo para a segurança e a estabilidade do país, devido a natureza terrorista" que essa organização representava, acrescentou.

Regularmente, Rússia e Síria acusam os socorristas de estarem ligados a grupos extremistas e de divulgarem "mentiras" sobre suas operações militares.

Israel anunciou, no domingo, ter enviado para a Jordânia socorristas dos Capacetes Brancos e suas famílias. A operação secreta foi executada a pedido, em particular, de Grã-Bretanha, Alemanha e Canadá, disse o governo israelense.

Ao todo, 422 pessoas foram evacuadas, segundo números divulgados pela Jordânia. Em um primeiro momento, Israel havia falado em 800 evacuados.

Essas pessoas permanecerão nesse país por até três meses antes de serem levadas para Reino Unido, Alemanha e Canadá.

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