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Síria apoia luta global contra Estado Islâmico, diz ministro

País parece dar apoio tácito aos ataques aéreos dos Estados Unidos e de países árabes na Síria contra posições dos militantes


	Estado Islâmico: ataques aéreos dos EUA e aliados ainda não conseguiram parar os avanços dos militantes
 (Staff Sgt. Shawn Nickel/AFP)

Estado Islâmico: ataques aéreos dos EUA e aliados ainda não conseguiram parar os avanços dos militantes (Staff Sgt. Shawn Nickel/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 14h20.

Nações Unidas - A Síria apoia o esforço mundial para combater o Estado Islâmico, disse o ministro das Relações Exteriores, Walid al-Moualem, nesta segunda-feira, em pronunciamento feito na ONU que parece dar apoio tácito aos ataques aéreos dos Estados Unidos e de países árabes na Síria contra posições dos militantes.

"A República Árabe Síria reitera que apoia qualquer esforço internacional com o objetivo de enfrentar e combater o terrorismo, e reforça que isso deve ser feito em respeito total às vidas de civis inocentes e dentro de um quadro de respeito total da soberania nacional, e em conformidade com as convenções internacionais", disse Moualem à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Moualem não condenou especificamente os ataques aéreos, mas alertou que tomar ações militares enquanto alguns países continuam a apoiar os militantes poderia criar uma situação da qual "a comunidade internacional não vai sair em décadas".

"Vamos juntos parar essa ideologia e suas exportações, vamos simultaneamente colocar pressão sobre os países que se uniram à coalizão liderada pelos EUA para acabar com o apoio aos grupos terroristas armados", disse Moualem.

A Síria acusa Catar, Arábia Saudita e Turquia de apoiar grupos militantes islâmicos durante a guerra civil de três anos no país. Esses países negam as acusações, mas autoridades ocidentais dizem que os três países ajudaram no passado esses grupos na Síria.

O Estado Islâmico tomou grandes partes de território da Síria e do Iraque, e é acusado de realizar massacres e decapitações de civis e soldados.

Até o momento, os ataques aéreos dos Estados Unidos e de aliados não conseguiram parar os avanços dos militantes sobre novos territórios.

Moualem disse que o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, está "esforçando-se por uma solução política na Síria e em diálogo com todos os membros honrados da oposição nacional que se opõem ao terrorismo na Síria".

Muitos ativistas sírios e rebeldes têm criticado os Estados Unidos por se concentrarem nos ataques ao Estado Islâmico e a outros grupos militantes, enquanto fazem pouco para tirar Assad do poder.

O conflito na Síria começou como um movimento pacífico de protesto, mas, após a repressão do governo, tornou-se uma guerra na qual mais de 190.000 pessoas morreram ao longo de mais de três anos. Os conflitos ainda matam cerca de 200 pessoas por dia.

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