Aleppo: o Ministério de Relações Exteriores afirmou que, com seus ataques, os terroristas acabaram com todos os esforços feitos para salvar as vidas de civis inocentes (Abdalrhman Ismail / Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2016 às 14h05.
Damasco - O governo sírio acusou "grupos terroristas" de violar os acordos para uma trégua em Aleppo, após os ataques desta terça-feira nesta cidade do norte da Síria, que deixaram 14 mortos.
Em duas cartas, dirigidas à Secretaria-Geral e ao Conselho de Segurança da ONU, o Ministério de Relações Exteriores sírio afirmou que, com seus ataques, "os terroristas" acabaram com todos os esforços feitos para salvar as vidas de civis inocentes.
Anteriormente, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, tinha declarado que dentro de algumas horas poderia ser anunciada a cessação das hostilidades em Aleppo, depois de se reunir com o mediador internacional para a Síria, Staffan de Mistura.
De fato, em suas mensagens, o ministério sírio revelou que essa trégua foi estipulada ontem, segunda-feira, embora nenhuma das partes a tivesse confirmado até agora.
O texto acusa a Turquia e a Arábia Saudita de apoiar grupos terroristas, que hoje realizaram um "ataque amplo desde várias direções contra a cidade de Aleppo, que o exército sírio repeliu impedindo que os terroristas tomassem áreas da cidade".
O Ministério lembrou que mulheres e menores de idade morreram atingidos por projéteis contra o hospital de Al Dabit.
As autoridades sírias destacaram que os atos dos terroristas e de seus "aliados sauditas e turcos" constituem crimes contra a humanidade e que tanto a ONU como a comunidade internacional devem detê-los e levar seus autores à justiça.
Para o governo sírio, estes crimes não teriam ocorrido se o Conselho de Segurança tivesse assumido suas responsabilidades e tivesse condenado os regimes e os Estados que patrocinam o terrorismo.
Pelo menos 14 pessoas morreram hoje em Aleppo pelo disparo de foguetes de grupos armados contra várias partes da cidade que estão sob controle das autoridades, entre elas um hospital, segundo a apuração dos meios de comunicação oficiais sírios.