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Sindicatos britânicos planejam greve que pode afetar casamento real

Segundo o dirigente do Sindicato de Serviços Públicos e Comerciais, paralisações na semana santa têm bastante efeito

Caneca celebra casamento do príncipe William: cerimônia pode ser afetada pelas greves (Getty Images)

Caneca celebra casamento do príncipe William: cerimônia pode ser afetada pelas greves (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2011 às 07h00.

Londres - Os sindicatos britânicos planejam coordenar uma série de greves contra os cortes do Governo para a semana santa em 2011 que podem afetar a realização do casamento entre o príncipe William e Kate Middleton, informou nesta quinta-feira o "The Times".

O jornal britânico publicou declarações de vários líderes sindicais, que anunciam que se reunirão no final de janeiro na confederação sindical Trade Union Congress (TUC) para analisar suas estratégias.

O líder do Sindicato de Serviços Públicos e Comerciais, Mark Serwotka, disse ao impresso que, embora o casamento real, previsto para o dia 29 de abril, não seja um alvo específico, o evento poderá ser afetado pelas paralisações.

"As ações em torno de semana santa têm bastante efeito porque nessa época do ano ocorrem muitos acontecimentos", manifestou o dirigente.

"Final de abril e início de maio seriam os melhores momentos. O casamento real não será um fator em nosso planejamento, mas também não o evitaremos", afirmou.

Serwotka lembrou que os trabalhadores da emissora pública "BBC" foram ouvidos em suas reivindicações quando programaram uma greve que coincidia com o congresso do Partido Conservador em outubro.

Os sindicatos britânicos estão dispostos a colaborar com os protestos contra os maciços cortes no investimento público e prestações sociais que já começaram a ser aplicados pelo Governo de coalizão conservador-liberaldemocrata.

As greves gerais são consideradas ilegais no Reino Unido, mas os sindicatos esperam coordenar as greves em seus setores para ter um maior impacto sobre a atividade econômica.

O secretário-geral do TUC, Brendan Barber, disse ao jornal que a manifestação no fim de março junto à onda de greve em abril formarão uma campanha de potência similar a de 1990 contra a introdução de um polêmico imposto por parte do Governo de Margaret Thatcher, e que forçou a saída da ex-primeira-ministra conservadora.

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