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Sindicatos argentinos promovem segunda greve geral

A terceira maior economia da América Latina está atolada em uma recessão que deve piorar após o default no mês passado

Greve: trabalhadores e membros de partidos políticos fecham rodovia de Buenos Aires (Enrique Marcarian/Reuters)

Greve: trabalhadores e membros de partidos políticos fecham rodovia de Buenos Aires (Enrique Marcarian/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2014 às 12h46.

Buenos Aires - Sindicatos ligados à oposição realizaram nesta quinta-feira a segunda greve geral deste ano na Argentina para protestar contra a crescente inflação e os cortes de empregos, o que reduziu a atividade no país e fez com que o centro de exportação de grãos de Rosário ficasse praticamente parado.

A terceira maior economia da América Latina está atolada em uma recessão que deve piorar após o default no mês passado, já que aumenta a pressão sobre a moeda nacional, o peso, o investimento se reduz e os custos dos empréstimos para empresas e províncias sobem.

A greve de 24 horas convocada pela poderosa central sindical CGT afetou os sistema ferroviário, o transporte aéreo, os postos de gasolina e a administração pública.

"Os motivos (para a greve) são suspensões, demissões... e também estamos levantando a questão do imposto de renda e da reabertura das negociações salariais", disse Rubén Sobrero, líder do sindicato dos trabalhadores ferroviários.

A aceleração da inflação faz com que o rendimento dos trabalhadores sofra maior incidência de impostos, embora seus salários não estejam subindo em termos reais. A economia argentina entrou em recessão no primeiro trimestre, depois que a produção da indústria e o consumo privado caíram.

O país tem uma das taxas de inflação mais altas do mundo, atualmente por volta de 30 por cento, de acordo com economistas do setor privado. "Se nossas exigências não forem atendidas em seguida, haverá outra greve de 48 horas em setembro", disse Sobrero.

Cerca de 80 por cento de grãos e oleaginosas argentinos saem de Rosário, localizada no rio Paraná. Trabalhadores sindicalizados são necessárias para gerenciar a entrada e saída de cada navio do conjunto de portos que compõem o centro portuário de Rosário.

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