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Sindicalistas bolivianos querem aumento de aposentadorias

O conflito acontece um mês após a COB e Morales acordarem um aumento salarial de 8%, acima do índice oficial da inflação de 2012


	O presidente da Bolívia, Evo Morales: o Governo acusa os sindicatos mineiros de buscar rendas preferenciais para eles pondo em risco um fundo que ajuda a aumentar as aposentadorias daqueles que recebem menos.
 (REUTERS/David Mercado)

O presidente da Bolívia, Evo Morales: o Governo acusa os sindicatos mineiros de buscar rendas preferenciais para eles pondo em risco um fundo que ajuda a aumentar as aposentadorias daqueles que recebem menos. (REUTERS/David Mercado)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2013 às 15h50.

La Paz - Sindicatos filiados à Central Operária Boliviana (COB) promoveram nesta segunda-feira bloqueios de estradas em duas regiões e uma greve parcial para exigir do Governo de Evo Morales reformas na lei de previdência a fim de aumentar os rendimentos das aposentadorias.

Os principais bloqueios ocorreram no departamento central de Cochabamba, onde dezenas de trabalhadores interromperam o trânsito na estrada que liga essa região ao ocidente do país, segundo informaram rádios e emissoras de televisão locais.

Em La Paz, os principais dirigentes da COB lideraram desde a madrugada e durante horas um bloqueio na via que une essa região e o restante do país no setor conhecido como La Apacheta, a 45 quilômetros da sede de Governo, disse à Agência Efe, por telefone, o dirigente sindical Octavio Urquizo.

Trabalhadores do setor de saúde e das universidades públicas também protagonizaram bloqueios em ruas de La Paz, enquanto em outras regiões os sindicatos definirão nas próximas horas as medidas que serão aplicadas para somar-se à convocação da COB.

A greve, por outro lado, teve um impacto menor em alguns hospitais e escolas dependentes do Estado. O transporte público, os estabelecimentos comerciais, os bancos e outros setores produtivos não aderiram às manifestações e mantêm suas atividades normais.

Urquizo assegurou que "sucessivamente o país irá parar frente à negativa do Governo de modificar a lei de previdência".

A exigência básica da COB é fazer modificações nessa lei a fim de permitir aos trabalhadores a cobrança de uma aposentadoria mensal com valor equivalente a 100% dos últimos salários que recebiam e não apenas 70%, como fixa a norma.


O Governo acusa os sindicatos mineiros, que são dirigidos pela COB, de buscar rendas preferenciais para eles pondo em risco um fundo que ajuda a aumentar as aposentadorias daqueles que recebem menos.

Em entrevista coletiva em La Paz, o vice-presidente Álvaro García Linera disse hoje que o Governo está aberto ao diálogo, mas sob o princípio de "favorecer os que ganham menos".

O conflito acontece um mês após a COB e Morales acordarem um aumento salarial de 8%, acima do índice oficial da inflação de 2012, que foi de 4,5%. 

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