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Shinzo Abe escolhe ministra da Defesa mais dura em reforma

Inada, uma das líderes do partido governista, compartilha com Abe o objetivo de revisar a Constituição pacifista pós-guerra do país


	Tomomi Inada: "A senhora Inada é uma política ultraconservadora, e isso será visto como um preparativo para se obter uma revisão constitucional"
 (Kim Kyung-Hoon / Reuters)

Tomomi Inada: "A senhora Inada é uma política ultraconservadora, e isso será visto como um preparativo para se obter uma revisão constitucional" (Kim Kyung-Hoon / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2016 às 08h23.

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, escolheu a aliada conservadora Tomomi Inada como ministra da Defesa nesta quarta-feira, o que cria o risco de irritar a China e a Coreia do Sul, como parte de uma reforma ministerial limitada que manteve a maioria das pastas inalterada.

Inada, uma das líderes do partido governista, compartilha com Abe o objetivo de revisar a Constituição pacifista pós-guerra do país, que alguns conservadores consideram um símbolo humilhante da derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial.

Ela também visita frequentemente o Santuário Yasukuni para os mortos da guerra, localizado em Tóquio, que Pequim e Seul veem como um traço do antigo militarismo do Japão.

As relações japonesas com chineses e sul-coreanos foram prejudicadas muitas vezes pelo legado da agressão militar do Japão antes e durante a Segunda Guerra Mundial.

"A senhora Inada é uma política ultraconservadora, e isso será visto como um preparativo para se obter uma revisão constitucional e se adotar uma postura firme diante da China", disse Takashi Kawakami, especialista em segurança da Universidade Takushoku.

Inada, uma advogada de 57 anos, será a segunda mulher a ocupar a chefia da Defesa. A primeira, Yuriko Koike, que exerceu a função por um período curto em 2007, recentemente foi eleita governadora de Tóquio.

Abe está tentando ressuscitar o crescimento econômico e lidar com enormes desafios diplomáticos enquanto avalia a possibilidade de continuar no cargo depois que seu mandato como presidente do governista Partido Liberal Democrata terminar em 2018. 

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