Mundo

Shinzo Abe apoia políticas econômicas "livres e abertas" de Macri

Macri, por sua vez, agradeceu a visita do primeiro-ministro e ressaltou que neste momento, a "aliança estratégica" com o Japão pode ser "muito produtiva"

Shinzo Abe: "Essas políticas econômicas livres e abertas são promovidas firmemente pelo presidente Macri e apoiadas pelo governo japonês" (Agustin Marcarian/Reuters)

Shinzo Abe: "Essas políticas econômicas livres e abertas são promovidas firmemente pelo presidente Macri e apoiadas pelo governo japonês" (Agustin Marcarian/Reuters)

E

EFE

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 17h34.

Buenos Aires - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, reforçou nesta segunda-feira que seu governo apoia as políticas que o presidente da Argentina, Mauricio Macri, promove "firmemente" e avaliou positivamente o papel preponderante que o país está adquirindo no cenário internacional.

"No âmbito econômico, as empresas japonesas têm muito interesse na Argentina, que possui um enorme potencial", disse o primeiro-ministro do Japão em uma coletiva de imprensa, ao lado do chefe de Estado argentino, depois de uma reunião bilateral na Casa Rosada, sede do governo em Buenos Aires.

Macri, por sua vez, agradeceu a visita do primeiro-ministro e ressaltou que neste momento, com "um mundo com tanta transformação e com tantos desafios", a "aliança estratégica" com o Japão pode ser "muito produtiva" para ambas as sociedades. Segundo ele, a solução "não passa por fechar-se, mas por integrar-se" com o mundo.

"É nisso que os argentinos apostam e por isso colocamos no mundo um novo tipo de vínculo com regras claras e estáveis, onde esperamos que aqueles que venham e apostem por nossa capacidade sejam respeitados e felizes pela decisão que estão tomando", acrescentou o chefe de Estado.

Abe chegou à Argentina acompanhado de uma robusta comitiva de empresários japoneses liderada por Eiichi Hasegawa, seu conselheiro especial, e integrada, entre outros, por executivos e altos diretores da Mitsubishi, do Bank of Tokyo, Nippon Signal, da Toyota Argentina e da Honda Motor Argentina.

"Essas políticas econômicas livres e abertas são promovidas firmemente pelo presidente Macri e apoiadas pelo governo japonês. Depois da primeira reunião entre Macri e eu, em abril, foi criado um marco para realizar discussões entre os dois países com a participação do setor empresarial", destacou Abe.

A isto se soma o fato que em setembro começaram às negociações sobre um acordo de investimentos entre os dois países.

"Devo destacar a importância de dar constantes esforços de ambos os governos para melhorar o clima de investimentos, negócios e desenvolvimento comercial. Também tomamos a decisão de realizar um projeto de Kaizen (prática comercial japonesa de melhoria contínua no desempenho e produtividade) para as pequenas e médias empresas, e é de esperar que este projeto contribua na melhoria da produtividade e de fortalecimento da competitividade pela introdução do sistema de gerência empresarial japonesa", acrescentou.

Antes do comparecimento, ambos os países assinaram um memorando de cooperação do estabelecimento de um mecanismo reforçado de consulta política, assim como outro entre o Japan External Trade Organization (JETRO) e a Agencia de Inversiones y Comercio Internacional de Argentina, além de um de cooperação entre a mesma agência argentina e a Japan Overseas Infrastructure Investment Corporation for Transport & Urban Development (JOIN).

"Estes acordos com a JOIN e o JETRO são portas que se abrem para que essa força empresarial, empreendedora e inovadora que o Japão tem, combinada com a nossa, que também tem um espírito empreendedor, gere resultados de progresso para ambas as comunidades", afirmou Macri.

Conforme dados fornecidos pelo Ministério das Relações Exteriores, a Argentina exportou durante o ano passado US$ 1,22 bilhão ao Japão, e comprou bens do país asiático no valor de US$ 572 milhões, um volume comercial que o Gabinete de Macri prevê ampliar após os encontros bilaterais desta visita.

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaJapãoMauricio MacriShinzo Abe

Mais de Mundo

Reino Unido pede a seus cidadãos que deixem o Líbano em voos comerciais

Qual o risco de guerra entre Líbano e Israel após as explosões de pagers?

Guarda Revolucionária do Irã promete 'resposta esmagadora' por ataques no Líbano

Biden receberá Zelensky na Casa Branca para falar sobre guerra com a Rússia