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Shimon Peres inicia consultas para designar chefe de Governo

O processo para a constituição de um novo Executivo em Israel foi iniciado e provavelmente o escolhido será o atual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu


	Benjamin Netanyahu: Netanyahu desponta como o melhor posicionado para presidir o próximo Executivo, com o apoio de Lapid e de outros partidos de direita.
 (©AFP/Arquivo / Stan Honda)

Benjamin Netanyahu: Netanyahu desponta como o melhor posicionado para presidir o próximo Executivo, com o apoio de Lapid e de outros partidos de direita. (©AFP/Arquivo / Stan Honda)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2013 às 16h41.

Jerusalém - O presidente de Israel, Shimon Peres, recebeu nesta quarta-feira os resultados oficiais das eleições gerais no país, realizadas no dia 22 de janeiro, e iniciou as consultas com os grupos políticos para designar o candidato mais habilitado a constituir o próximo governo.

Desta forma, o processo para a constituição de um novo Executivo em Israel foi iniciado e provavelmente o escolhido será o atual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, cuja coalizão obteve 31 dos 120 deputados do Parlamento (Knesset).

O chefe de Estado recebeu em sua residência oficial os resultados oficiais das eleições legislativas pelas mãos do presidente do Comitê Eleitoral Central, o juiz Elyakim Rubistein, que foi ao local acompanhado de outros membros da entidade.

Após a formalidade, Peres parabenizou os cidadãos do país por terem cumprido de maneira louvável o dever cívico de votar e participar da configuração do futuro do Estado de Israel.

"A lei me concede uma responsabilidade muito pesada, cheia de lealdade e compromisso" para permitir o estabelecimento de um governo "que seja reflexo da vontade popular o mais rápido possível", acrescentou Peres, segundo um comunicado divulgado nesta tarde por seu gabinete.

Em seguida, Peres recebeu uma delegação integrada por representantes da coalizão Likud-Beiteinu, liderada por Netanyahu e que foi a mais votada nas eleições, superando em doze cadeiras o partido que ficou em segundo lugar.

Posteriormente, o presidente recebeu representantes do partido considerado a surpresa do processo eleitoral, o centrista Yesh Atid, que é liderado pelo ex-jornalista Yair Lapid e que ficou com 19 cadeiras.


Amanhã, Peres deverá se reunir com membros do Partido Trabalhista e da formação Habait Hayehudi, além dos ultra-ortodoxos do Shas (sefardita) e do Judaísmo Unido da Torá (asquenaze).

Durante a tarde, o presidente encontrará Tzipi Livni, líder do Hatnuah; Zahava Gal-On, do partido pacifista de esquerda Meretz; e representantes do Ram-Taal (Lista Árabe Unida), do comunista Hadash e do árabe Balad, segundo a agenda enviada pelo gabinete de Peres.

Por último, o chefe de Estado irá receber membros do partido de centro Kadima, o partido menos votado na eleição, com duas cadeiras, apesar de ter feito a maioria do Parlamento em 2009.

Após finalizar a rodada de consultas e atendendo às recomendações dos diferentes grupos, o presidente israelense anunciará o candidato encarregado de formar o governo.

Segundo todas as previsões, Netanyahu desponta como o melhor posicionado para presidir o próximo Executivo, com o apoio de Lapid e de outros partidos de direita.

No entanto, os representantes das diferentes formações que integrarão a câmara na próxima legislatura não estão obrigados a recomendar nenhum nome em particular, e segundo o "Canal 10" da televisão israelense, grande parte dos partidos de centro e esquerda não indicarão Netanyahu.


O canal disse que os trabalhistas, o partido centrista Hatnuah, de Tzipi Livni, e o pacifista de esquerda Meretz, entre outros, não recomendarão o atual primeiro-ministro como um candidato idôneo para formar um novo Executivo.

Após as conversas de Peres com os partidos e de sua indicação para primeiro-ministro, as negociações formais entre as legendas para definir qual será a constituição da próxima coalizão começarão presumivelmente no domingo.

Na dividida cena política israelense, os partidos com mais deputados costumam se aliar a outros grupos para conseguir uma maioria sólida que permita governar.

O eleito para formar o novo gabinete israelense terá 28 dias para conseguir um pacto de governo, mas caso isso não ocorra, o presidente pode conceder mais duas semanas de prazo. 

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