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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
Paris - A companhia petrolífera britânico-holandesa Shell prevê que a demanda global de gás natural aumentará 50% até 2030, e que metade desse aumento procederá da Ásia, em particular da China, embora o ritmo será o mesmo no Oriente Médio e o norte da África.
As previsões foram apresentadas hoje pelo diretor-executivo da atividade de prospecção e exploração de Shell, Malcom Brindem, que na 11ª Cúpula Internacional do Petróleo em Paris afirmou que "há gás suficiente" para atender a essa demanda.
Brindem disse que as reservas de gás natural no mundo, incluindo as convencionais e não convencionais, representam em torno de 250 anos de consumo ao ritmo atual.
Disse ainda que a China no horizonte de 2020 se terá transformado no terceiro mercado mundial de gás em termos de volume.
Explicou que a demanda de gás natural liquidificado (GNL) cresce a um ritmo três vezes superior à demanda global, e que nesta atividade também está crescendo o número de provedores, o que significa igualmente que melhora a segurança no abastecimento energético.
Sobre a base dessa análise, e em um discurso centrado na Europa, indicou que o gás natural é a fonte energética para a geração de eletricidade mais eficiente para cumprir os objetivos que a União Europeia marcou para redução de emissões causadoras da mudança climática.
Na mesma linha, assinalou que os custos em capital para a produção de eletricidade na Europa são com gás 50% inferiores aos do carvão, 20% menores que com usinas nucleares e 15% inferiores que com instalações eólicas em terra.