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Sheinbaum rechaça 'ameaças' e responde a Trump que 'uma tarifa será seguida por outra'

Claudia Sheinbaum envia carta a Trump destacando cooperação e critica ameaças comerciais

Claudia Sheinbaum: resposta firme às ameaças tarifárias de Donald Trump (Rodrigo Oropeza/AFP)

Claudia Sheinbaum: resposta firme às ameaças tarifárias de Donald Trump (Rodrigo Oropeza/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 26 de novembro de 2024 às 20h57.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, respondeu nesta terça-feira, 26 às sinalizações de tarifas feitas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Em uma carta contundente, Sheinbaum alertou que “uma tarifa será seguida por outra em resposta” e rejeitou as “ameaças” do republicano.

“Presidente Trump, não é com ameaças ou tarifas que o fenômeno da migração ou o uso de drogas nos Estados Unidos serão abordados. Precisamos de cooperação e compreensão econômica recíproca para enfrentar esses grandes desafios”, escreveu Sheinbaum.

Impactos econômicos

Na carta, lida durante sua coletiva de imprensa matinal, Sheinbaum criticou a proposta de Trump de impor tarifas de 25% sobre “todos os produtos” do México e Canadá. Segundo ela, tais medidas podem gerar inflação e perda de empregos nos dois países, além de colocar em risco grandes empresas, como General Motors, Stellantis e Ford Motors, que operam no México há décadas.

A presidente destacou ainda a importância do Tratado entre México, Estados Unidos e Canadá (T-MEC), em vigor desde 2020, para manter a competitividade da América do Norte no cenário global.

Dados contrapõem alegações de Trump

Respondendo às acusações de Trump sobre imigração e tráfico de drogas, Sheinbaum apresentou dados que mostram uma redução de 75% nos encontros diários de migrantes na fronteira dos EUA. Sobre o fentanil, ela reforçou que a crise é “um problema de consumo e saúde pública nos EUA”, com o México colaborando por razões humanitárias.

Além disso, Sheinbaum destacou ações do México, como a apreensão de toneladas de drogas e mais de 10 mil armas em 2024, e reiterou que o tráfico de armas dos EUA para o México também precisa ser tratado.

Cooperação e diálogo como caminho

A presidente mexicana reafirmou seu compromisso com o diálogo, defendendo que a parceria comercial é essencial para a prosperidade mútua. “A força econômica da América do Norte está na manutenção de nossa parceria comercial. Dessa forma, podemos permanecer mais competitivos em relação a outros blocos econômicos”, concluiu.

“Espero que nossas equipes possam se reunir em breve para fortalecer o entendimento e a paz.”

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