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Sheinbaum quer acordo com Trump para deportar migrantes diretamente para países de origem

Em entrevista coletiva, presidente reiterou que país está focado em receber deportados mexicanos

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 5 de dezembro de 2024 às 13h45.

Última atualização em 5 de dezembro de 2024 às 13h47.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse nesta quinta-feira que quer fazer um acordo com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para enviar os migrantes diretamente a seus países de origem, sem que passem pelo México, caso ele realize deportações em massa.

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“Obviamente, somos solidários com todos, mas nossa principal função é receber mexicanos e mexicanas, e esperamos chegar a um acordo com o governo Trump no caso dessas deportações para que eles (os EUA) também possam enviar pessoas de outros países para seus países de origem”, declarou.

Sheinbaum lembrou, em entrevista coletiva, que o México concordou com o atual presidente dos EUA, Joe Biden, em enviar os deportados para suas nações de origem, embora o governo mexicano receba algumas nacionalidades; por isso, espera manter esse acordo quando Trump assumir o cargo em 20 de janeiro.

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O México está preocupado com as promessas de Trump de deportações em massa dos EUA, onde os mexicanos representam quase a metade dos 11 milhões de imigrantes ilegais e suas remessas representam quase 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do México, que este ano está estimado em um recorde de US$ 65 bilhões.

Sheinbaum minimizou a ameaça de deportações, embora alguns dos nomeados por Trump, como Tom Homan, apelidado de “czar da fronteira”, tenham alertado nas últimas semanas que as expulsões começarão nos primeiros dias do novo governo.

A presidente do México anunciou que haverá uma reunião com os governadores dos estados na fronteira norte do país a fim de preparar uma estratégia para lidar com os deportados.

“A secretária de Governo (Rosa Icela Rodríguez) obviamente vai convocar os governadores de Baja California, Sonora, Chihuahua, Coahuila, Nuevo León e Tamaulipas para realizar essa reunião, para que possamos chegar a um acordo sobre como receber nossos compatriotas no caso de uma deportação em massa”, finalizou Sheinbaum.

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