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Sexta semana de protesto deixa 42 palestinos feridos em Gaza

Na sexta semana da Grande Marcha do Retorno, 42 pessoas foram feridas por fogo real na Faixa de Gaza

Gaza: cerca de 7 mil palestinos participaram dos protestos (Mohammed Salem/Reuters)

Gaza: cerca de 7 mil palestinos participaram dos protestos (Mohammed Salem/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de maio de 2018 às 14h37.

Cidade de Gaza - Pelo menos 42 palestinos ficaram feridos à bala durante a sexta semana de protestos da Grande Marcha do Retorno, com os manifestantes tentando se aproximar da cerca e os soldados israelenses dispersando-os, informou o Ministério da Saúde palestino.

"Ao longo do dia aproximadamente 7.000 palestinos participaram dos protestos em cinco localidades ao longo da faixa de Gaza", comunicou o Exército israelense.

O comunicado detalha que os manifestantes "são violentos, queimam pneus, jogam pedras contra a cerca de segurança e os soldados, além de coquetéis molotov com a intenção de provocar incêndios em território israelense".

Do total de 350 feridos de hoje, 42 foram por fogo real, 20 por balas revestidas de borracha e os demais por inalação de gás, quedas, e outras causas, informou o Ministério da Saúde palestino.

Durante os protestos de hoje fontes palestinas informaram da destruição a pedradas de dois drones israelenses com câmeras por parte dos manifestantes; o Exército confirmou a queda dos seus aparelhos que estavam "em missão de documentação".

Desde que começaram os protestos, no dia 30 de março, 48 palestinos morreram por fogo israelense em Gaza, a maioria em manifestações e outros em incidentes violentos ou quando tentavam atravessar a fronteira, e mais de 7.000 ficaram feridos, são dados de Ashaf al Qedra, porta-voz de Saúde de Gaza.

Antes de começarem os protestos de hoje, o Exército israelense advertiu os palestinos que não jogassem bombas incendiárias em direção a Israel, como veio acontecendo nas últimas semanas, no entanto alguns participantes anunciaram que lançariam 300 delas para Israel para queimar campos de cultivo.

Um funcionário de alto escalão do Hamas, governante de fato da faixa, Mahmoud al Zahar, advertiu a Israel que se continuava disparando contra manifestantes na fronteira "o mundo inteiro se surpreenderá da nossa resposta".

Zahar respondeu assim às ameaças israelenses que atacariam dentro da faixa de Gaza se os manifestantes tentassem penetrar através da cerca de separação em território israelense.

 

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