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Seul considera lamentável e infeliz cancelamento de cúpula com Kim Jong-un

O presidente da Coreia do Sul afirmou que a desnuclearização da Península Coreana é uma tarefa histórica que não podem ser abandonada ou adiada

Moon Jae-in: o primeiro ministro lamentou o cancelamento da cúpula entre os EUA e a Coreia do Norte no dia 12 de junho (Jung Yeon-Je/Reuters)

Moon Jae-in: o primeiro ministro lamentou o cancelamento da cúpula entre os EUA e a Coreia do Norte no dia 12 de junho (Jung Yeon-Je/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de maio de 2018 às 15h51.

Seul - O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, considerou nesta quinta-feira como "muito lamentável e infeliz" o cancelamento da cúpula entre Estados Unidos e Coreia do Norte, anunciado pelo presidente americano Donald Trump.

"Estou perplexo e é muito lamentável e infeliz que a cúpula entre Coreia do Norte e Estados Unidos não será realizada em 12 de junho", afirmou Moon durante uma reunião de urgência do Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês) convocada em Seul após o anúncio de Trump, segundo um comunicado do Executivo sul-coreano.

"A desnuclearização da Península Coreana e o estabelecimento de uma paz permanente são tarefas históricas que não podem ser abandonadas ou adiadas", acrescentou o presidente sul-coreano durante o encontro, que durou aproximadamente uma hora.

Moon pediu a Washington e Pyongyang que se esforçassem mais para aproximar posições dizendo que espera que "o problema possa ser resolvido de maneira mais direta e através de um diálogo mais próximo do habitual", após admitir que é difícil resolver a crise na região "através das atuais vias de comunicação".

Na reunião do NSC participaram a ministra de Relações Exteriores, Kang Kyung-wha; o ministro de Unificação, Cho Myung-gyon; o titular de Defesa, Song Young-moo; o chefe de gabinete, Im Jeong-seok, e o assessor de Segurança Nacional, Chung Eui-yong, figura-chave na hora de mediar a aproximação entre Pyongyang e Washington.

Trump anunciou hoje o cancelamento da cúpula prevista com Kim em 12 de junho em Singapura para tratar do possível desmantelamento do programa nuclear norte-coreano devido ao que qualificou de recente "hostilidade" por parte de Pyongyang.

O regime norte-coreano tinha condenado nos últimos dias o que considerava como uma tentativa de Washington de impor dentro da cúpula um modelo de desnuclearização "unilateral" como o estipulado entre EUA e Líbia em 2003.

O anúncio de Trump coincide com a cerimônia realizada hoje pela Coreia do Norte para desmantelar seu centro de testes nucleares de Punggye-ri, que Pyongyang considera uma prova de seu compromisso com a desnuclearização da Península Coreana.

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