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Seul afirma que deseja a paz com Pyongyang

Governo quer manter boas relações com o novo líder norte-coreano, Kim Jong-un

Sul-coreanos assistem o discurso do presidente Lee Myung-Bak em uma estação ferroviária de Seul (Kim Jae-Hwan/AFP)

Sul-coreanos assistem o discurso do presidente Lee Myung-Bak em uma estação ferroviária de Seul (Kim Jae-Hwan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2012 às 06h16.

Seul - A Coreia do Sul repetiu que deseja a paz com o vizinho do Norte e manter boas relações com o novo líder norte-coreano, Kim Jong-un, mas também prometeu responder com firmeza a qualquer provocação, afirmou nesta segunda-feira o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, em sua mensagem de Ano Novo.

"Responderemos com firmeza se formos provocados. Nosso principal objetivo é a paz e a estabilidade na península coreana. Deixamos a porta aberta para qualquer oportunidade", declarou Myung-bak".

"Poderemos abrir a porta de uma nova era na península coreana se a Coreia do Norte fizer uso da sinceridade", completou.

Pyongyang criticou de maneira extrema o atual governo de Seul pelos supostos "pecados" cometidos durante o período de luto após a morte Kim Jong-il, em 17 de dezembro, e na sexta-feira passada prometeu represálias.

O Norte condena Seul sobretudo por ter proibido as visitas de condolências a Pyongyang. Apenas duas delegações sul-coreanas foram autorizadas a viajar ao outro lado da fronteira antes do funeral de Kim Jong-il, em 28 de dezembro.

"O Sul manterá uma rígida segurança nacional enquanto existir uma possibilidade de provocação do Norte. Responderemos com força se formos provocados", declarou Lee Myung-bak.

O presidente sul-coreano também afirmou esperar "grandes mudanças" na península após a morte de Kim Jong-il e disse desejar que 2012 produza uma inflexão no processo de negociações do fim do programa nuclear da Coreia do Norte.

As negociações multilaterais poderão recomeçar quando Pyongyang cessar as atividades nucleares, repetiu Lee Myung-bak.

As conversações, com as participações das duas Coreias, China, Estados Unidos, Japão e Rússia, estão paralisadas desde dezembro de 2008.

O subsecretário americano de Estado para o Leste da Ásia, Kurt Campbell, viajará a China, Coreia do Sul e Japão esta semana para discutir sobretudo os últimos acontecimentos na Coreia do Norte, informou Washington na semana passada.

Kim Jong-il foi sucedido por Kim Jong-un, seu filho mais novo. Com menos de 30 anos, ele tem pouca experiência no exercício do poder e pode ser tutelado, nos primeiros anos, pelas pessoas mais próximas a seu pai, segundo analistas.

No fim de semana, a Comissão de Defesa Nacional, considerada a estrutura mais poderosa da Coreia do Norte, alertou ao mundo que não mudará de política com o novo dirigente e que não existirá diálogo com o atual governo de Seul.

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