Sírios procuram sobreviventes e corpos no meio dos escombros de edifícios no distrito de Tariq al-Bab, em Aleppo, em 23 de fevereiro de 2013. (AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2013 às 12h26.
Cerca de sete milhões de pessoas afetadas pelo conflito na Síria precisa de ajuda humanitária de emergência, declarou nesta terça-feira uma autoridade da ONU, que ressaltou ser necessário recolher 4,4 bilhões de dólares para atender tal missão.
"Cerca de sete milhões de pessoas precisam de assistência humanitária urgente, incluindo mais de dois milhões de refugiados fora das fronteiras (da Síria) e mais de quatro milhões de deslocados dentro do país", informou Valerie Amos, coordenadora das operações humanitárias da ONU, em coletiva de imprensa no Kuwait.
"Nós fazemos o que podemos, mas não é suficiente", acrescentou. Ela observou que as Nações Unidas necessitam, apenas para o ano de 2013, de 4,4 bilhões de dólares para a Síria e os países vizinhos, acrescentando: "Nós reunimos até o momento apenas 1,8 bilhão de dólares".
Valerie Amos ressaltou que 1.000 funcionários das agências da ONU trabalham no terreno, em sua maioria sírios, além de 3.700 funcionários da UNRWA, a agência da ONU para a ajuda aos refugiados palestinos.
"Mas continuamos a enfrentar sérios problemas na obtenção de ajuda para aqueles que mais precisam", disse, citando os perigos de viajar por zonas de guerra e o fato de os comboios da ONU não poderem passar sem permissão "pelos bloqueios em território sírio".
A revolta contra o regime de Bashar al-Assad, que se transformou em guerra civil, provocou a morte de mais 110.000 pessoas em dois anos e meio.
No início de setembro, os ministros dos países vizinhos da Síria reunidos em Genebra lançaram um apelo à comunidade internacional por um apoio maciço na forma de ajuda de emergência, especialmente para escolas e infra-estruturas.
De acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), existem cerca de 742.000 refugiados sírios no Líbano, 519.000 na Jordânia, 463.000 na Turquia, 186.000 no Iraque e 124.000 no Egito.