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Serviços secretos cubanos mataram opositor, diz Carromero

Morte de Oswaldo Payá não foi provocada por acidente de trânsito, e sim pelos serviços secretos de Cuba, afirma o político espanhol Angel Carromero

O espanhol José Angel Carromero (centro) chega ao tribunal de Bayamo, em Cuba, em 2012: Oswaldo Payá "saiu vivo do acidente" e a versão oficial sobre excesso de velocidade foi "um álibi perfeito", afirmou Carromero (Ismael Francisco/AFP)

O espanhol José Angel Carromero (centro) chega ao tribunal de Bayamo, em Cuba, em 2012: Oswaldo Payá "saiu vivo do acidente" e a versão oficial sobre excesso de velocidade foi "um álibi perfeito", afirmou Carromero (Ismael Francisco/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2013 às 11h33.

Madri - A morte do opositor cubano Oswaldo Payá não foi provocada por um acidente de trânsito, do qual "saiu vivo", e sim pelos serviços secretos de Cuba que o "assassinaram", afirma o jovem político conservador espanhol Angel Carromero em uma entrevista ao jornal El Mundo.

"Os serviços secretos cubanos assassinaram Oswaldo Payá", afirmou Carromero, que dirigia o veículo no qual morreram Payá e o dissidente cubano Harold Cepero, em 22 de julho 2012.

Oswaldo Payá "saiu vivo do acidente" e a versão oficial sobre um excesso de velocidade foi "um álibi perfeito para ocultar a morte do único opositor que podia liderar a transição em Cuba", afirmou o político.

"Estou seguro de que ele (Payá) saiu vivo do acidente. As enfermeiras e um pároco me asseguraram que no hospital os quatro foram internados", insistiu.

No veículo acidentado também viajava um jovem político conservador sueco, Aron Modig, que declarou que dormia no momento em que o carro saiu da estrada, perto da cidade cubana de Bayamo.

Carromero é vice-secretário das juventudes do Partido Popular, liderado pelo primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy.

Pouco mais de um ano depois da tragédia, Carromero, que foi condenado pela justiça cubana a quatro anos de prisão por homicídio por imprudência e atualmente cumpre a pena fora da prisão na Espanha, quebrou o silêncio público que havia mantido até agora.

Desde o início, a família de Payá - candidato em cinco ocasiões ao Prêmio Nobel da Paz e vencedor em 2002 do prêmio Sakharov de direitos humanos do Parlamento Europeu - isentou Carromero de qualquer responsabilidade e exige uma investigação independente sobre a morte.

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