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Sérvia pede extradição de ex-primeiro-ministro de Kosovo

A Justiça da Sérvia tenta prendê-lo desde 2004, acusando-o de crimes de guerra contra civis sérvios durante a Guerra do Kosovo (1998-1999)

Haradinaj: o Ministério da Justiça da Sérvia enviou com o pedido documentos adicionais para ajudar a França na decisão (Michel Porro/Getty Images)

Haradinaj: o Ministério da Justiça da Sérvia enviou com o pedido documentos adicionais para ajudar a França na decisão (Michel Porro/Getty Images)

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EFE

Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 21h42.

Belgrado/Pristina - A Sérvia entrou oficialmente nesta terça-feira com um pedido de extradição do ex-primeiro-ministro de Kosovo Ramush Haradinaj, detido na França na semana passada a partir de uma ordem de prisão de Belgrado, que o acusa de crimes de guerra.

O Ministério da Justiça da Sérvia enviou com o pedido documentos adicionais para ajudar a França na decisão, informou a agência de notícias "Tanjug".

Já o primeiro-ministro de Kosovo, Issa Mustafa, classificou a prisão como "injusta" por considerar a ordem de prisão ilegal e politicamente motivada.

De acordo com a emissora "RTK-2", Mustafa disse no parlamento de Kosovo que seu governo trabalha para que Haradinaj seja colocado em liberdade e retorne ao país o mais rápido possível.

Haradinaj, de 48 anos, ex-comandante guerrilheiro, foi preso no dia 4 de janeiro pela polícia da França no aeroporto de Basileia-Mulhouse, na fronteira com a Suíça e a Alemanha.

A Justiça da Sérvia tenta prendê-lo desde 2004, acusando-o de crimes de guerra contra civis sérvios durante a Guerra do Kosovo (1998-1999).

O líder da agora opositora Aliança para o Futuro do Kosovo foi primeiro-ministro de dezembro de 2004 a março de 2005.

Ele deixou o cargo para responder às acusações de crime de guerra no Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia, sendo absolvido em duas ocasiões - 2008 e 2012.

Kosovo, uma antiga província sérvia povoada por uma grande maioria de albaneses, proclamou em 2008 sua independência, que a Sérvia não reconhece, embora as partes realizem um diálogo apoiado pela União Europeia (UE) para normalizar as relações.

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