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Serra janta com banqueiros e tenta mostrar confiança

São Paulo - Em jantar reservado que durou 2h30 ontem à noite (10), num hotel de luxo em São Paulo, com os principais dirigentes do setor financeiro do País, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, mostrou-se confiante de que vai vencer as eleições. O candidato disse que vai lutar até o […]

Em evento reservado, Serra mostrou a grandes banqueiros ter confiança na vitória (.)

Em evento reservado, Serra mostrou a grandes banqueiros ter confiança na vitória (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - Em jantar reservado que durou 2h30 ontem à noite (10), num hotel de luxo em São Paulo, com os principais dirigentes do setor financeiro do País, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, mostrou-se confiante de que vai vencer as eleições. O candidato disse que vai lutar até o fim e ganhará o pleito. De acordo com alguns participantes do encontro, ele disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o ataca porque teme que as eleições caminhem para o segundo turno.

O encontro começou às 21h30 e contou com a presença de cerca de 50 importantes executivos financeiros, entre eles Pedro Moreira Salles, presidente do Conselho de Administração do Itaú-Unibanco o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco Cappi, e o presidente do Santander e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fábio Barbosa. Serra não quis conversar com os jornalistas na entrada do evento. Ao sair do encontro, por volta da meia-noite, pediu desculpas aos repórteres e explicou que gostaria de ir descansar. "Falei quatro vezes hoje (sexta-feira). Se falar mais o dia não acaba", disse, mostrando semblante exausto.

Antes de ser servido o jantar para 47 pessoas, Serra fez uma exposição que durou cerca de 30 minutos na qual falou sobre os problemas que o Brasil enfrenta, como baixos investimentos do governo em infraestrutura, educação precária, elevadíssima carga tributária e a maior taxa de juros do mundo. O candidato do PSDB ressaltou sua larga experiência administrativa e lembrou aos presentes mudanças que promoveu na área da Saúde, quando foi ministro no governo Fernando Henrique Cardoso. Também falou sobre sua administração como prefeito paulistano e governador de São Paulo.

"Foi um encontro bom, importante. Valeu para reforçar o que já sabemos sobre o que Serra acredita que precisa para avançar no País", comentou um executivo que pediu para não ser identificado.

Fábio Barbosa, que é também presidente da Confederação Nacional de Instituições Financeiras (CNF), entidade que promoveu o jantar, comentou que o encontro é o segundo que a cúpula do setor financeiro do Brasil realiza com os candidatos ao Palácio do Planalto. O primeiro ocorreu no dia 3 de agosto e foi um café da manhã com a candidata do PV, Marina Silva. Ele frisou que a próxima convidada deve ser a candidata do PT, Dilma Rousseff. A data do encontro será definida junto com os organizadores de sua campanha.

Serra esteve no jantar com o setor financeiro acompanhado de dois assessores muito próximos: o presidente da Sabesp, Gesner de Oliveira, e o Secretário Estadual da Cultura, Andrea Matarazzo. Gesner é um dos principais colaboradores na área econômica, ao lado de Geraldo Biasoto. Matarazzo é amigo do candidato tucano há muitos anos, tem fácil trânsito junto aos empresários, sobretudo os paulistas, e geralmente é escalado para muitas tarefas pelo PSDB, entre elas a arrecadação de recursos para campanhas eleitorais.

A Agência Estado apurou que os principais dirigentes do setor financeiro do País têm mais afinidades com Serra do que com Dilma Rousseff. Embora os executivos ponderem que ambos são economistas heterodoxos e gostam da presença do Estado forte na economia, eles fazem o seguinte raciocínio: o candidato tucano tem temperamento forte, é centralizador, mas já mostrou que é bom gestor. Dilma tem características semelhantes, contudo nunca atuou no poder Executivo como prefeita ou governadora.

"Ninguém sabe o que ela faria no Palácio do Planalto, caso seja eleita. Há dúvidas sobre como ela administraria as pressões políticas do PT", disse uma fonte. "O cenário mais provável, contudo, é que ela seria pragmática como foram os oito anos de gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva", ressaltou o executivo.

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