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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.
Brasília - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, saiu em defesa de seu vice, o deputado Indio da Costa (DEM-RJ).
Depois de ter sido indicado na véspera para o cargo, o parlamentar passou a sofrer acusações de que havia sido genro do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, preso por fraudes. Segundo o tucano, seu companheiro de chapa é apenas ex-namorado de uma filha de Cacciola.
"Se ele tivesse encontrado o Cacciola há dez anos atrás num coquetel, eles diziam 'companheiro de festa de Cacciola'", disse Serra a jornalistas, nesta quinta-feira, depois de participar de sabatina na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
O presidenciável, no entanto, cometeu uma gafe ao falar sobre o assunto.
"O Indio foi um namorador, não sei se continua... hoje ele só tem uma namorada. Ele me disse por telefone 'não tenho amantes'. Eu disse 'não precisa exagerar, mas tem que ser uma coisa discreta'. Não estou pregando aqui pular cerca no casamento, mas também não precisa exagerar", comentou.
Por meio do microblog Twitter, Indio da Costa desferiu ataques à principal adversária da chapa, a petista Dilma Rousseff, e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Lula diz que não me conhece. Esqueceu que tentou barrar o (projeto) do ficha limpa, mas não conseguiu", disparou o deputado, relator da matéria na Câmara.
Ele também acusou Dilma de "fugir" do debate promovido pela CNA. "Tem petista que diz que sou inexperiente. Tenho mais experiência que a Dilma. Muito mais!!", acrescentou. "Para relembrar minha experiência sugiro à dupla PT/Dilma reler meu relatório paralelo da CPI dos Cartões Corporativos."
Após a sabatina, Serra também cobrou a participação da adversária no debates durante a campanha eleitoral. "Não pode ser só publicidade para vender candidatos como se fossem iogurte ou marca de uma bebida", afirmou a jornalistas. "Não é só propaganda. Tem que ter o mínimo de comparações e exposição de ideias."
Dilma passou à frente de Serra nas últimas pesquisas de intenção de votos, colocando mais pressão sobre a candidatura da oposição. A eleição ocorrerá em outubro.