O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov (AFP/AFP)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de dezembro de 2022 às 15h44.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, alertou nesta terça-feira, 27, que a Ucrânia deve se desmilitarizar, ameaçando mais investidas militares e acusando falsamente Kiev e o ocidente de "jogar combustível" na guerra iniciada pela invasão russa.
Lavrov disse que a Ucrânia deve remover qualquer ameaça militar a Rússia ou "o exército russo resolverá este problema". Os comentários também refletem as persistentes declarações infundadas do Kremlin de que a Ucrânia e os aliados ocidentais são responsáveis pela guerra dos últimos dez meses, apesar da Rússia ter lançado o ataque alegando ameaça a sua segurança nacional.
Segundo o ministro, depende de Kiev e Washington o quanto o conflito irá durar. "Eles podem parar a resistência sem sentido a qualquer momento", opinou Lavrov à agência de notícias estatal Tass, acrescentando que o contínuo suporte do ocidente ao país poderia levar a um confronto direto e aumentar "o risco de que a situação saia do controle".
Em aparente resposta, o conselheiro do presidente ucraniano, Mykhailo Podolyak, rebateu as ameaças afirmando que, independente da declaração de Lavrov, da "aterrorizada" busca russa por munição ou até de uma mobilização total do país, a Ucrânia irá seguir batalhando contra os invasores. "A Ucrânia desmilitarizará a Federação Russa até o fim e expulsará os invasores de todos os territórios ocupados. Aguarde o final silenciosamente", defendeu Podolyak.
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