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Será vergonhoso se o Congresso rejeitar o acordo, diz Kerry

"Acreditam que o aiatolá voltará à mesa de negociações se o Congresso rejeitar isso e (quiser) voltar a negociar?", se perguntou Kerry ante a audiência


	John Kerry: o ministro dedicou os últimos dias a tentar convencer os americanos reticentes dos benefícios do acordo com o Irã, em particular a maioria republicana do Congresso
 (Jim Watson/AFP)

John Kerry: o ministro dedicou os últimos dias a tentar convencer os americanos reticentes dos benefícios do acordo com o Irã, em particular a maioria republicana do Congresso (Jim Watson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2015 às 15h27.

O secretário de Estado americano, John Kerry, disse nesta sexta-feira que seria uma vergonha para ele e um golpe para a credibilidade dos Estados Unidos no mundo se o Congresso rejeitasse o acordo nuclear com o Irã.

"Acreditam que o aiatolá voltará à mesa de negociações se o Congresso rejeitar isso e (quiser) voltar a negociar?", se perguntou ante a audiência do Council of Foreign Relations em Nova York.

Kerry dedicou os últimos dias a tentar convencer os americanos reticentes dos benefícios do acordo com o Irã, em particular a maioria republicana do Congresso, quando os legisladores dispõem de 60 dias para aprovar ou rejeitar o pacto.

O Congresso pode impulsionar uma moção de reprovação, que o presidente Barack Obama pode vetar. Levantar o veto requer dois terços dos votos dos 535 legisladores de ambas as câmaras legislativas.

"Vocês acreditam que (...) outras pessoas no mundo vão dizer 'negociemos com os Estados Unidos, que têm 535 secretários de Estado'?", ironizou Kerry.

"Por favor, seria vergonhoso suprimir (este acordo). Depois disso o que direi às pessoas como secretário de Estado? 'Venham negociar conosco?'", acrescentou.

Kerry recebeu na quinta-feira fortes críticas quando defendeu o acordo no Congresso por supostamente ter sido enganado por Teerã.

O acordo foi assinado em Viena na semana passada após duras negociações entre Irã e os membros permanentes do Conselho de Segurança - Reino Unido, China, França, Rússia e Estados Unidos - além da Alemanha. Por este acordo serão levantadas gradualmente as sanções econômicas contra Teerã em troca de garantias de que seu programa nuclear terá fins pacíficos.

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