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Separatistas russos não retirarão armamento da fronteira

O armamento pesado "será retirado em caso de cumprimento dos acordos de Minsk", o que não aconteceu, disse subchefe da república separatista


	Bombardeio em Donetsk: o armamento só "será retirado em caso de cumprimento dos acordos de Minsk", o que não aconteceu
 (Maxim Shemetov/Reuters)

Bombardeio em Donetsk: o armamento só "será retirado em caso de cumprimento dos acordos de Minsk", o que não aconteceu (Maxim Shemetov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2015 às 08h34.

Donetsk (Ucrânia) - Os separatistas pró-Rússia advertiram nesta segunda-feira que não há condições para a retirada do armamento pesado da zona de segurança, como ficou combinado no acordo da cúpula de Minsk, realizada semana passada.

O armamento pesado "será retirado em caso de cumprimento dos acordos de Minsk. Por enquanto, tais condições não estão sendo cumpridas", disse Eduard Basurin, subchefe do comando militar da autoproclamada república separatista de Donetsk, à imprensa.

Segundo o documento aprovado em 13 de fevereiro pelos dois lados, a retirada do armamento pesado deve começar no máximo no 48 horas depois do cessar-fogo, que entrou em vigor na meia-noite de sábado para domingo.

Os separatistas só farão a retirada das peças de artilharia e plataformas de lançamento de mísseis da zona desmilitarizada quando "receber um claro sinal" de que as forças governamentais também começaram a fazê-lo.

As peças de artilharia de mais de 100 milímetros de calibre devem serão retiradas de um trecho de 50 quilômetros, e as plataformas de lançamento de mísseis Tornado, Uragan e Smerch, e os sistemas de mísseis táticos Tochka devem ser recuados de uma faixa de 140 quilômetros.

Os pró-Rússia acusam Kiev de descumprir o cessar-fogo ao bombardear, entre outras, as imediações das fortificações rebeldes de Donetsk e Gorlovka.

Por sua vez o comando militar ucraniano denunciou 112 ataques contra as posições governamentais, a maioria na zona de Debaltsevo, estratégico nó ferroviário e principal ponto de divergência entre as partes desde a cúpula de Minsk.

Os rebeldes afirmam que essa cidade faz parte de seu território, enquanto Kiev considera que, em virtude dos acordos de Minsk de setembro de 2014, Debaltsevo deve permanecer sob controle governamental.

Kiev assegurou que, segundo dados do serviço de inteligência militar, os separatistas receberam ordens de tomar Debaltsevo "a qualquer preço".

Os separatistas dizem ter seis mil soldados cercados ali, e exigem que deponham as armas como condição para se reunirem com o grosso de suas forças. EFE

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