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Sentenças de morte no Egito preocupam EUA, ONU e Turquia

Os EUA e a ONU manifestaram profunda preocupação com penas de morte no Egito contra o ex-presidente e outros islamitas

O presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi, em prisão com outros membros da Irmandade Muçulmana (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

O presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi, em prisão com outros membros da Irmandade Muçulmana (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2015 às 17h51.

Ancara - Os Estados Unidos e a Organização das Nações Unidas manifestaram nesta segunda-feira profunda preocupação com as penas de morte proferidas no Egito contra o ex-presidente Mohamed Mursi e outros islamitas, enquanto que a Turquia alertou para uma turbulência no Oriente Médio caso sejam cumpridas.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que vai acompanhar de perto o processo de apelação contra as sentenças de morte e defendeu ações que promovam o estado de direito.

O Departamento de Estado norte-americano afirmou que a prática do Egito de julgamentos e sentenças coletivas é injusta e muitas vezes usada contra membros da oposição ou ativistas não violentos.

"Nós estamos profundamente preocupados com mais uma sentença de morte coletiva proferida por um tribunal egípcio para mais de 100 réus, incluindo o ex-presidente Mursi", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Jeff Rathke, a jornalistas em Washington.

Um tribunal egípcio pediu no domingo a pena de morte para Mursi e 106 apoiadores da Irmandade Muçulmana, por ligação com uma fuga em grupo da prisão em 2011. A decisão final é esperada para 2 de junho.

Em Ancara, o porta-voz presidencial da Turquia advertiu que o Oriente Médio entrará em turbulência se o Egito cumprir as sentenças de morte. Ibrahim Kalin disse que as sentenças são "uma violação da justiça" e apelou à comunidade internacional para falar de maneira mais forte contra elas.

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