Mundo

Sentença por genocídio de Ríos Montt será anunciada hoje

O período do governo de Ríos Montt, de 86 anos, foi um dos mais violentos do conflito interno que assolou a Guatemala, deixando 200.000 mortos ou desaparecidos


	Ex-ditador guatemalteco Efraín Ríos Montt: "Me declaro inocente, nunca tive a intenção, o propósito de destruir nenhuma etnia nacional (...). Não sou genocida", disse na quinta o ex-ditador.
 (Johan Ordóñez/AFP)

Ex-ditador guatemalteco Efraín Ríos Montt: "Me declaro inocente, nunca tive a intenção, o propósito de destruir nenhuma etnia nacional (...). Não sou genocida", disse na quinta o ex-ditador. (Johan Ordóñez/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2013 às 16h32.

O Tribunal Primeiro A de Maior Risco encerrou o debate público por genocídio contra o ex-ditador guatemalteco Efraín Ríos Montt e anunciou que anunciará sua sentença às 16h00 locais (22h00 GMT) desta sexta-feira.

"Neste momento é declarado solenemente fechado o presente debate e são convocados os sujeitos processuais para que venham às 16h00 locais (19h00 de Brasília) de hoje (sexta-feira) a esta sala para que seja revelado o conteúdo da sentença. Neste momento o tribunal se retira para deliberar em sessão secreta", anunciou Jazmín Barrios, que preside o tribunal.

Barrios estabeleceu o horário depois de ouvir o general José Rodríguez, chefe de inteligência de Ríos Montt que é processado junto com o ex-ditador no julgamento histórico realizado no prédio do Supremo Tribunal de Justiça, localizado no centro histórico da capital.

Ambos os acusados, que se declararam inocentes no tribunal, são julgados desde 19 de março pelo massacre de 1.771 indígenas maias-ixiles cometido pelo Exército durante o regime repressor de Ríos Montt entre 1982 e 1983.

"Me declaro inocente, nunca tive a intenção, o propósito de destruir nenhuma etnia nacional (...). Não sou genocida", disse na quinta o ex-ditador, na única vez em que pediu a palavra em todo o julgamento.

O período do governo de Ríos Montt, de 86 anos, foi um dos mais violentos do conflito interno que assolou a Guatemala, deixando 200.000 mortos ou desaparecidos, segundo um relatório da ONU.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCrimeGuatemalaMortes

Mais de Mundo

Reino Unido pede a seus cidadãos que deixem o Líbano em voos comerciais

Qual o risco de guerra entre Líbano e Israel após as explosões de pagers?

Guarda Revolucionária do Irã promete 'resposta esmagadora' por ataques no Líbano

Biden receberá Zelensky na Casa Branca para falar sobre guerra com a Rússia