Mundo

Senadores pedem mais ajuda para pobres em novo plano de saúde

O senador John Thune explicou que está elaborando uma emenda para aumentar os créditos tributários para as pessoas de baixa renda

Plano de saúde: a aposta dos republicanos para substituir a reforma de saúde aprovada em 2010 tem um modelo de crédito baseado na idade do consumidor e não em suas receitas (Karen Bleier/AFP)

Plano de saúde: a aposta dos republicanos para substituir a reforma de saúde aprovada em 2010 tem um modelo de crédito baseado na idade do consumidor e não em suas receitas (Karen Bleier/AFP)

E

EFE

Publicado em 14 de março de 2017 às 17h37.

Washington - Vários senadores republicanos pediram nesta terça-feira modificações no plano proposto pelos congressistas do partido na Câmara dos Representantes para substituir a atual lei de saúde, conhecida popularmente como "Obamacare", e pediram que a cobertura às pessoas de baixa renda seja ampliada, algo que seria fortemente cortado caso o atual texto seja aprovado.

O senador John Thune explicou que está elaborando uma emenda para aumentar os créditos tributários para as pessoas de baixa renda, uma ideia que o presidente do Comitê de Saúde da casa, Lamar Alexander, também apoiou.

A mudança seria considerável, já que a aposta dos congressistas republicanos para substituir a reforma de saúde aprovada pelo ex-presidente Barack Obama em 2010 tem um modelo de crédito baseado na idade do consumidor e não em suas receitas, ao contrário do atual sistema proposto pelo "Obamacare".

"Acredito que há coisas que podemos fazer para adaptar o crédito tributário de uma maneira que seja mais atrativo para o povo e mais útil às pessoas do extremo inferior das receitas", disse Thune.

"Seria bom agregar isso ao texto da Câmara dos Representantes, mas, se preciso, poderemos fazer isso no Senado", disse o republicano, sem dar detalhes sobre a proposta.

Além deles, mais senadores republicanos fazem ressalvas à proposta defendida pelo presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, e que também é apoiada pela Casa Branca.

De um lado, está um grupo de senadores moderados de estados que foram beneficiados pela expansão da cobertura promovida pelo "Obamacare".

No outro extremo se colocam republicanos ultraconservadores que creem que o plano não é firme o suficiente.

"Acredito que há algumas coisas que podemos fazer para melhorá-lo, incluindo a ampliação do fundo de estabilização para pessoas com problemas complexos", disse Alexander sobre possíveis emendas que serão propostas ao plano dos congressistas.

As sugestões dos republicanos foram feitas depois de o Escritório de Orçamento do Congresso ter divulgado ontem um relatório sobre um impacto do plano.

Segundo o órgão, 24 milhões de americanos perderão seus planos de saúde em dez anos e 14 milhões deles apenas em 2018.

O Escritório de Orçamento do Congresso indica como causa a redução da expansão do programa Medicaid, contemplada pelo Obamacare, que, ao ser suspensa pela proposta republicana, deixaria milhões de pessoas de baixa renda sem acesso à saúde.

O relatório foi um duro golpe para a proposta dos republicanos, apesar de a Casa Branca ter se apressado em criticar as conclusões do documento. Mesmo assim, crescem as pressões no Legislativo para submeter o texto a profundas modificações.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)Partido Republicano (EUA)Saúde

Mais de Mundo

França e Polônia reafirmam posição contra o acordo UE-Mercosul

2ª Expo de cadeia de suprimentos em Pequim foca na integração global

Israel anuncia acordo de cessar-fogo com Hezbollah

Supercomputador Tianhe lidera ranking global de eficiência energética em pequenos dados