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Senadores dos EUA exigem mais poder legislativo em ação contra EI

Um senador republicano e outro democrata defenderam proposta para atualizar a autorização militar que o governo obteve em 2001

EI: os senadores defendem que o Congresso supervisione quais grupos terroristas são alvos dos EUA (Khalid al Mousily/Reuters)

EI: os senadores defendem que o Congresso supervisione quais grupos terroristas são alvos dos EUA (Khalid al Mousily/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de julho de 2017 às 16h55.

Washington - Dois senadores dos Estados Unidos exigiram nesta quarta-feira que o Congresso vote uma nova "autorização para o uso da força militar" centrada na luta contra os grupos terroristas Estado Islâmico (EI), Al Qaeda e os talibãs.

Em coletiva de imprensa no centro de estudos políticos Wilson Center, o senador republicano Jeff Flake e o democrata Tim Kaine, defenderam uma proposta para atualizar a autorização militar que o governo obteve em 2001, após os atentados de 11 de setembro.

Desde então, os diferentes governos ampliaram tal autorização além de seu propósito original, que era atacar os autores dos atentados mais sangrentos cometidos contra os EUA.

Os dois senadores, ambos integrantes do Comitê de Relações Exteriores do Senado, defendem que o Congresso supervisione quais grupos terroristas são alvos dos EUA e quem pode ser considerado um um "associado", em quais países pode acontecer a ação militar e qual duração deve ser determinada.

"Temos um novo governo, mas também um novo mundo em que a guerra é contra atores não estatais, e por isso existe uma nova oportunidade para uma nova proposta legislativa", declarou Kaine, que foi o candidato democrata à vice-presidência nas eleições do ano passado.

O legislador explicou que a iniciativa apresentada com Flake propõe uma definição mais específica da luta contra os grupos terroristas, que não se identificam com zonas geográficas concretas. O objetivo é que essa nova autorização seja de cinco anos e se aplique sobre uma lista de grupos associados aos terroristas apresentada pela Casa Branca e autorizada pelo Congresso.

A última vez que os legisladores foram consultados sobre as ações militares foi quando o atual presidente, Donald Trump, ordenou o bombardeio de 6 de abril contra a base aérea de Shayrat como represália a um ataque com armas químicas atribuídas ao regime da Síria que matou cerca de 80 civis.

Flake enfatizou que a maioria dos membros do Congresso ainda não tinha sido eleita quando foram realizados o debate e a votação sobre a última autorização durante o governo de Barack Obama.

"O nosso exército, os nossos aliados, mas também os nossos inimigos, têm que saber em que posição se encontra o país e que estratégia queremos continuar", acrescentou.

Obama solicitou em várias ocasiões uma nova autorização específica para se adaptar melhor às necessidades do momento e evidenciar o apoio do Congresso, o que nunca foi concedido, motivo pelo qual a que emitida em 2001 continuou a ser usada.

"Perdemos a oportunidade de redefinir a estratégia militar e antiterrorista dos EUA após a morte de Osama bin Laden. Não fomos capazes de dar um passo para trás e repensar a estratégia em um mundo que tinha mudado nesse momento", comentou Kaine.

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