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Senador quer responsabilizar FGV por falha em concurso

Cícero Lucena, do PSDB, ameaçou responsabilizar a fundação pelas inúmeras falhas identificadas no concurso público para preencher 246 cargos da Casa

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2012 às 18h55.

Brasília - O primeiro-secretário do Senado, Cícero Lucena (PSDB-PB), ameaçou nesta quarta-feira responsabilizar a Fundação Getúlio Vargas (FGV) pelas inúmeras falhas identificadas no concurso público para preencher 246 cargos da Casa, com salários que variam de R$ 13,8 mil a R$ 23,8 mil. Lucena disse que adotará "a decisão mais enérgica possível" se as investigações que estão sendo conduzidas pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal e Polícia Federal confirmarem as inúmeras falhas denunciadas pelos candidatos.

Sobre a anulação do concurso, o primeiro-secretário disse que só se manifestará ao final das apurações. "Não vou fazer suposições, vamos aguardar os relatórios, quer seja do Ministério Público ou da Polícia Federal e se couber alguma medida, adotaremos a mais enérgica possível", afirmou.

"Quando procuramos uma instituição de maior respeitabilidade no Brasil é porque ela tem história e nós acreditávamos que faria (o concurso) da melhor forma possível", declarou. No próximo dia 15, mais de 10 mil candidatos terão de refazer as provas por causa de erros constatados no processo de seleção. A fundação foi contratada pelo Senado sem licitação.

Procurada pela reportagem, a FGV não retornou a ligação. Realizado no último dia 11, os erros do concurso incluem desde troca de provas para três cargos a questões copiadas de outros concursos feitos por órgãos públicos, além de haver menos cadernos de provas do que o número de candidatos e fiscalização falha.

O valor total das inscrições pagas pelos 157 mil candidatos ficou em torno de R$ 20 milhões, revertido para a FGV como pagamento pela realização do concurso. O primeiro-secretário do Senado considera "maravilhoso" o fato de a Polícia Federal e o Ministério Público investigarem as denúncias de problemas. "É melhor que as denúncias surjam em vez de terem acontecido coisas erradas, sem o conhecimento público, e que não poderão ser corrigidas", defendeu.

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