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Senado vota confirmação de Pete Hegseth como chefe do Pentágono

A Constituição americana exige que nomeações de funcionários do alto escalão sejam confirmadas pelos senadores dos EUA

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 24 de janeiro de 2025 às 19h10.

Última atualização em 24 de janeiro de 2025 às 19h29.

O Senado votará na noite desta sexta-feira, 24, a confirmação de Pete Hegseth, de 44 anos, como chefe do Pentágono, após semanas de polêmica devido a acusações contra esse ex-militar de agressão sexual, consumo excessivo de álcool e falta de experiência.

A Constituição americana exige que nomeações de funcionários do alto escalão sejam confirmadas pelo Senado, após uma audiência no comitê competente.

Os republicanos ocupam 53 das 100 cadeiras da câmara alta, mas duas senadoras da maioria indicaram que votarão contra a nomeação de Hegseth, que também é apresentador do canal Fox News, o preferido dos conservadores americanos.

Para a senadora Lisa Murkowski, a nomeação levanta "preocupações importantes". Ela também citou a oposição de Hegseth a que as mulheres sirvam em tropas de combate, uma declaração da qual ele se retratou.

Caso outros dois republicanos se unam a essas senadoras, a nomeação seria rejeitada, o que é improvável de acontecer.

Cultura guerreira

Hegseth deve assumir a chefia de um departamento que emprega cerca de 3 milhões de soldados, reservistas e civis, e tem um orçamento de US$ 850 bilhões (cerca de R$ 5 trilhões) anuais.

Segundo ele, sua missão principal será "devolver a cultura guerreira" ao Pentágono.

O anúncio da nomeação de Hegseth gerou protestos da oposição em novembro. No Comitê de Serviços Armados, senadores democratas o bombardearam com perguntas sobre a acusação de agressão sexual, que remonta a 2017, na Califórnia.

O ex-militar nega ter mantido relações não consentidas, e fechou um acordo financeiro com a mulher que o acusou, para evitar um processo.

Vencedor

Os democratas multiplicam as críticas à capacidade de Hegseth. Durante a audiência de confirmação, a senadora Tammy Duckworth afirmou que ele não está apto ao cargo.

Essa ex-piloto de helicóptero de combate, que teve as pernas amputadas após sua aeronave ser atingida por um foguete no Iraque, em 2004, criticou a oposição de Hegseth à presença de mulheres nas tropas de combate.

Hegseth também é suspeito de consumo excessivo de álcool. "Um de seus colegas disse que você estava tão bêbado durante um ato em um bar, que gritou 'Mate todos os muçulmanos'", destacou a senadora Elizabeth Warren, durante a audiência.

Apesar das críticas a Hegseth, Trump afirma que ele é "um vencedor".

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