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Senado prevê votar acordo sobre Itaipu na semana que vem

Acordo assinado com o Paraguai triplica o preço pago pelos brasileiros pela energia da hidrelétrica

Sarney: "hidrelétrica foi construída quase que totalmente com recursos brasileiros" (José Cruz/ABr)

Sarney: "hidrelétrica foi construída quase que totalmente com recursos brasileiros" (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2011 às 18h16.

Brasília - O presidente do Congresso Nacional, José Sarney (PMDB-AP), afirmou nesta quarta-feira que o Senado aprovará antes do dia 15 de maio o acordo assinado com o Paraguai em 2009 que triplica o preço que o Brasil paga ao país vizinho pela energia da hidrelétrica binacional de Itaipu.

Sarney anunciou sua previsão depois de se reunir em seu escritório com uma delegação do Senado paraguaio liderada pelo presidente do Congresso do país vizinho, Óscar González Daher.

Após agradecer à Câmara dos Deputados pela aprovação do acordo, a delegação legislativa paraguaia pediu mais agilidade na votação do projeto no Senado.

Em declarações citadas pela "Agência Senado", Sarney afirmou que as emendas ao Tratado de Itaipu serão ratificadas antes da viagem oficial que a presidente Dilma Rousseff deve fazer a Assunção no dia 15 de maio, segundo a delegação paraguaia.

Mais otimista, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), relatora do projeto de decreto legislativo, indicou que as emendas não enfrentarão resistência no Senado e que serão aprovadas na próxima semana.

Segundo ela, se a Comissão de Relações Exteriores do Senado votá-lo nesta quinta-feira, o projeto poderá ser submetido a votação em plenário já na semana que vem.

O acordo que emenda o Tratado de Itaipu, aprovado pela Câmara dos Deputados no último dia 6, eleva de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões o que o Brasil paga ao Paraguai pelo excedente de energia da usina.

Na opinião de Sarney, o Tratado de Itaipu precisava de uma revisão "dentro de um espírito de cooperação com o Paraguai, mas sem deixar de levar em conta que a hidrelétrica foi construída quase que totalmente com recursos brasileiros".

González Daher disse ter visto esforços no Congresso brasileiro para aprovar o acordo e alegou que os recursos adicionais serão importantes para que o Paraguai faça investimentos sociais prioritários, principalmente nas áreas de saúde e educação.

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