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Senado dos EUA recomenda ações para evitar ingerências eleitorais

Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos emitiu uma série de recomendações diante da certeza de que a Rússia tentou interferir no pleito de 2016

Estados Unidos: "A Rússia estava tentando minar a confiança dos americanos no nosso sistema eleitoral", disse presidente do Comitê de Inteligência do Senado (Maxim Shemetov/Reuters)

Estados Unidos: "A Rússia estava tentando minar a confiança dos americanos no nosso sistema eleitoral", disse presidente do Comitê de Inteligência do Senado (Maxim Shemetov/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de março de 2018 às 17h30.

Washington - O Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos emitiu uma série de recomendações nesta terça-feira para evitar possíveis ingerências em futuras eleições diante da certeza de que a Rússia tentou interferir no pleito de 2016 com o objetivo de "minar a confiança" dos cidadãos no sistema eleitoral.

"A Rússia estava tentando minar a confiança dos americanos no nosso sistema eleitoral", disse o presidente do Comitê de Inteligência do Senado, Richard Burr.

Segundo ele, "está claro" que o governo russo procurou os pontos fracos do sistema eleitoral americano, mas conseguiu acessar apenas bases de dados de um dos 50 estados do país, que ele não especificou qual.

"Não descobrimos um só voto que alterado durante as eleições passadas", garantiu a senadora republicana Susan Collins, que também faz parte do Comitê.

Os parlamentares realizaram estas afirmações durante uma entrevista coletiva para divulgar um documento elaborado pelo Comitê com seis recomendações sobre como evitar que atores externos possam interferir em futuros pleitos, como as eleições legislativas que acontecerão no final de ano.

O Comitê recomendou que os próprios estados continuem a organizar o pleito, mas pediu ao governo federal para colocar à disposição "todos os recursos necessários" para resguardar o processo". Além disso, solicitou ao governo o estabelecimento de um mecanismo de dissuasão efetiva, pelo qual exortou o Executivo em Washington a promover uma novo regulação internacional sobre segurança informática, assim como a "comunicar a todos os adversários" dos Estados Unidos que um "ataque" ao sistema eleitoral nacional será considerado um "ato hostil".

Por último, o Comitê defendeu a necessidade de "substituir os sistemas de votação antiquados e vulneráveis" e que qualquer novo equipamento que se incorpore ao mecanismo eleitoral deixe, "quanto menos", um rastro de papel e não conte com acesso à internet.

"Votos de papel; pode ser que esse seja o sistema mais inteligente", avaliou a senadora democrata Kamala Harris, que sugeriu uma possível "volta ao passado" perante a evidência de que a Rússia "não pode hackear" as cédulas fisicamente.

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