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Senado dos EUA leva à votação propostas para encerrar paralisação

O Senado irá votar nesta quinta duas propostas divergentes para encerrar a paralisação do governo que está em seu 34º dia e afeta 800 mil funcionários

EUA: Trump quer destinar 5,7 bilhões de dólares para a construção de um muro na fronteira com o México (Leah Millis/Reuters)

EUA: Trump quer destinar 5,7 bilhões de dólares para a construção de um muro na fronteira com o México (Leah Millis/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 13h37.

Washinton - O Senado dos Estados Unidos, controlado por republicanos, marcou para esta quinta-feira a votação de duas propostas concorrentes, uma amplamente apoiada por democratas e outra por republicanos, para encerrar a paralisação parcial do governo, ambas aparentemente incapazes de solucionar o impasse que já dura mais de um mês.

O presidente republicano Donald Trump desencadeou a paralisação, agora em seu 34º dia, exigindo que 5,7 bilhões de dólares para a construção de um muro na fronteira do país com o México, proposta rejeitada pelos democratas, faça parte de qualquer legislação para financiar um quarto do governo.

A maior paralisação da história dos Estados Unidos tem deixado 800 mil funcionários federais sem receber e enfrentando dificuldades para pagar as contas no final do mês.

O líder da maioria do Senado, Mitch McConnell, planeja levar à votação uma proposta democrata para financiar o governo durante três semanas, mas que não inclui os recursos exigidos por Trump para o muro.

Suas perspectivas parecem pequenas. A Câmara dos Deputados, controlada por democratas, já aprovou projetos de lei semelhantes, mas Trump tem rejeitado toda legislação que não inclui o financiamento para o muro.

Mas, o simples fato de McConnell, que anteriormente disse que não consideraria nenhuma legislação que Trump não apoiasse, estar disposto a permitir que a proposta seja votada sugere que ele pode estar tentando convencer parlamentares de ambos os partidos a fazer concessões.

McConnell também pretende levar à votação um projeto de lei que inclui o financiamento para o muro e uma extensão temporária das proteções para os “sonhadores”, centenas de milhares de pessoas levadas ilegalmente aos Estados Unidos quando crianças, uma oferta que Trump fez no sábado.

Democratas têm rejeitado a oferta de Trump, dizendo que não irão negociar a segurança de fronteira até que o governo seja reaberto e que não trocarão uma extensão temporária das proteções dos imigrantes por um muro permanente que tem chamado de ineficaz, custoso e imoral.

Uma outra possibilidade surgiu na quarta-feira quando líderes democratas da Câmara dos Deputados sugeriram dar a Trump a maior parte ou todo o dinheiro --5,7 bilhões de dólares-- que ele tem exigido para a segurança da fronteira com o México, mas que não poderia ser utilizado para construir um muro.

Na quarta-feira, a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, desconvidou Trump de realizar o discurso anual de Estado da União na Câmara dos Deputados até que o governo esteja totalmente reaberto. Trump chamou a decisão de “uma desonra”.

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