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Senado dos EUA apoia liberdade de imprensa após ataques de Trump

Mais de 300 jornais do país realizaram defesa coordenada à liberdade de imprensa e crítica ao presidente por denunciar organizações da mídia como inimigas

Donald Trump: presidente há mais de 18 meses tem frequentemente chamado repórteres de "inimigos do povo" (Carlos Barria/Reuters)

Donald Trump: presidente há mais de 18 meses tem frequentemente chamado repórteres de "inimigos do povo" (Carlos Barria/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de agosto de 2018 às 19h06.

Washington - O Senado dos Estados Unidos adotou unanimemente nesta quinta-feira uma resolução declarando apoio à liberdade de imprensa e afirmando que "a imprensa não é inimiga do povo".

A resolução não vinculativa aprovada através de votação por voz foi uma desaprovação ao presidente Donald Trump, que há mais de 18 meses tem frequentemente chamado repórteres de "inimigos do povo".

A resolução "reafirma a função vital e indispensável que a imprensa livre exerce para informar o eleitorado, revelar a verdade, agir como uma verificação do poder inerente do governo, promover discussões e debates nacionais, e, além disso, avançar as normas democráticas e liberdades mais básicas e queridas dos Estados Unidos".

A votação acontece após mais de 300 jornais norte-americanos realizarem nesta quinta-feira uma defesa coordenada à liberdade de imprensa e uma crítica ao presidente Donald Trump por denunciar algumas organizações da mídia como inimigas do povo norte-americano.

"Um pilar central das políticas do presidente Trump é um ataque contínuo à liberdade de imprensa", diz o editorial do Boston Globe, que coordenou publicação entre mais de 350 jornais.

Trump tem frequentemente criticado jornalistas e descrito reportagens da mídia que contradizem sua opinião ou posição política como "fake news".

Ele investiu novamente nesta quinta-feira, tuitando: "A MÍDIA FAKE NEWS É O PARTIDO DA OPOSIÇÃO. Isto é muito ruim para nosso Grande País... MAS NÓS ESTAMOS VENCENDO!".

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