Mundo

Senado discute pré-pagamento no consumo de energia elétrica

O modelo de pré-pagamento funcionaria como qualquer sistema de crédito pré-pago, com o usuário escolhendo um valor


	O sistema já foi implementado em regiões ribeirinhas no Amazonas e em alguns locais de São Paulo e apresentou uma diminuição de 10% a 35% no consumo
 (Germano Lüders/Exame)

O sistema já foi implementado em regiões ribeirinhas no Amazonas e em alguns locais de São Paulo e apresentou uma diminuição de 10% a 35% no consumo (Germano Lüders/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 05h09.

Brasília - O sistema de pré-pagamento para o consumo de energia elétrica foi discutido ontem (31) em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos e de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal. A falta de uma regulamentação em relação aos medidores pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) e os problemas quanto à cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e da Contribuição para Custeio da Iluminação Pública (Cosip) foram analisados pelos participantes como obstáculos a ser superados para a implantação do pré-pagamento.

O modelo de pré-pagamento funciona como qualquer sistema de crédito pré-pago, o usuário escolhe um valor, compra um código e insere em um aparelho medidor, que deve ser instalado em cada condomínio, casa ou empresa. O aparelho registra a quantidade de energia a ser disponibilizada e avisa ao consumidor quando o crédito estiver perto de terminar. A compra do crédito também deve ser facilitada, podendo ser feita em postos de gasolina, bancas de revista e outros locais de grande circulação.

O sistema já foi implementado em regiões ribeirinhas no Amazonas e em alguns locais de São Paulo e apresentou uma diminuição de 10% a 35% no consumo, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “O consumidor tem um maior controle dos gastos, podendo comprar em pequenas quantidades, conforme a necessidade e possibilidade. Do lado das empresas, há a redução do risco de inadimplência”, disse o superintendente de Regulação da Comercialização da Eletricidade da Aneel, Marcos Bragatto.

Celso Soares, coordenador-geral substituto de Estudos e Monitoramento de Mercado da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), recomendou um estudo mais aprofundado para a implantação do sistema de pagamento para o consumidor e cobrou mais clareza sobre o seu funcionamento . "Os estudos da Aneel mostram que os usuários compram créditos duas ou três vezes por semanas. Isso não seria oneroso para o consumidor? O acesso tem que ser muito fácil, senão o custo para adquirir esse crédito vai ser muito grande. Não somos contra, mas ainda estamos analisando essa proposta", disse.

A audiência também teve o objetivo de instruir o projeto de lei do Senado sobre a possibilidade de gratuidade dos primeiros 50 quilowatts-hora mensais de energia elétrica para consumidores residencial de baixa renda no âmbito da Lei nº 10.438/2002, que prevê a tarifa social no consumo de energia elétrica.

Acompanhe tudo sobre:ConsumoEletricidadeEnergiaEnergia elétricaPolítica no BrasilSenadoServiços

Mais de Mundo

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo