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Senado da Colômbia aprova novo acordo de paz com as Farc

Acordo modificado foi assinado na semana passada entre o presidente Juan Manuel Santos e o líder das Farc, Rodrigo Londoño

Colômbia: acordo busca terminar o conflito de 52 anos que já deixou 220 mil mortos e milhões de deslocados (John Vizcaino / Reuters)

Colômbia: acordo busca terminar o conflito de 52 anos que já deixou 220 mil mortos e milhões de deslocados (John Vizcaino / Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de novembro de 2016 às 11h43.

Bogotá - O Senado da Colômbia aprovou o novo acordo de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em um primeiro passo para implementar o acordo que busca colocar um fim ao conflito armado interno mais antigo da América Latina.

O acordo modificado foi assinado na semana passada entre o presidente Juan Manuel Santos e o líder das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como "Timochenko", mas excluiu mudanças exigidas pela oposição política após o acordo original ser rejeitado em plebiscito no início de outubro.

Com 75 votos a favor e nenhum contra, o Senado aprovou na madruga desta quarta-feira o acordo que permitirá que cerca de 7 mil guerrilheiros das Farc deponham as armas em até seis meses e formem um partido político, em meio a gritos de "viva a paz" dos congressistas.

O acordo, que busca terminar o conflito de 52 anos que já deixou 220 mil mortos e milhões de deslocados, será discutido nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados, onde se espera que a maioria apóie a decisão de Santos, como ocorreu no Senado.

O partido Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe e que exige prisão dos chefes das Farc por crimes cometidos no meio do conflito, além de se oporem à possibilidade de cargos de eleição popular de ex-guerrilheiros, se retirou no momento da votação.

Uribe, que durante seus dois mandatos como presidente, entre 2002 e 2010, realizou a maior ofensiva contra a guerrilha, disse que o acordo deve ser aprovado atrás de plebiscito, e não através do Congresso.

"Aprovação do acordo por parte do Congresso substitui o mandato popular", disse o ex-presidente.

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