Além das duas pastas, denúncias de irregularidades já atingiram outros ministérios do governo da presidente Dilma Rousseff, como o do Turismo e da Agricultura (EXAME)
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2011 às 15h33.
Brasília - Os ministros Mario Negromonte (Cidades) e Paulo Sérgio Passos (Transportes) foram convidados nesta terça-feira pelo Senado a darem explicações sobre denúncias de irregularidades envolvendo as duas pastas.
Passos foi chamado através de requerimento apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) solicitando explicações para as recentes exonerações de funcionários do ministério e as denúncias de arrecadação de propina.
Desde a divulgação de um suposto esquema de arrecadação de propinas no Ministério dos Transportes favorecendo o PR, que derrubou o então titular da área Alfredo Nascimento, mais de 20 pessoas foram demitidas ou se afastaram do ministério ou de órgãos a ele ligados. O PR nega as acusações.
Já Negromonte foi convidado após requerimentos de Randolfe e do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). A ideia dos parlamentares é que o ministro explique as denúncias de que sua pasta liberou recursos para obras consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Os requerimentos de convite aos ministros foram aprovados na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle da Casa.
Além dos Transportes e das Cidades, denúncias de irregularidades já atingiram outros ministérios do governo da presidente Dilma Rousseff, como as pastas do Turismo e da Agricultura.
As denúncias têm mobilizado parlamentares da oposição para levar ministros a se explicarem no Congresso. O titular da Agricultura, Wagner Rossi, já falou à Câmara na semana passada e nesta semana deve falar ao Senado.
Além do convite feito para ir ao Senado, Negromonte deve ir à Câmara na quarta-feira para dar explicações.
A base do governo tem aceitado os requerimentos de convite a ministros para falarem a comissões do Congresso, mas já alertaram que trabalharão contra qualquer convocação de autoridades do governo. Ao contrário da convocação, o convite pode ser recusado.