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Senado chileno aprova projeto que congela aumento da tarifas do transporte

Nesta segunda, o Exército do Chile decretou um novo toque de recolher na região metropolitana Santiago, o terceiro nos últimos dias

Chile: estopim para crise no país foi o reajuste dos preços das passagens de metrô em Santiago (Edgard Garrido/Reuters)

Chile: estopim para crise no país foi o reajuste dos preços das passagens de metrô em Santiago (Edgard Garrido/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de outubro de 2019 às 18h08.

Última atualização em 21 de outubro de 2019 às 18h11.

Santiago — O Senado do Chile aprovou nesta segunda-feira, por unanimidade, um projeto de lei que congela o aumento das tarifas do transporte público em Santiago, cujo anúncio na semana passada deu início à onda de protestos sociais no país.

A lei permite ao presidente Sebastián Piñera anular ou limitar um aumento dos preços das passagens.

Nesta segunda, o Exército do Chile decretou um novo toque de recolher na região metropolitana Santiago, o terceiro nos últimos dias, devido à sequência de incidentes de violência durante os protestos contra o governo do país.

"Cheguei à convicção de que precisamos novamente decretar o toque de recolher", disse Javier Iturriaga, geral de divisão do Exército do Chile e responsável pela segurança de Santiago durante o estado de emergência decretado pelo presidente Sebastián Piñera.

O toque de recolher começa a valer a partir das 20h de hoje (mesmo horário em Brasília) e será mantido até às 6h de amanhã.

Segundo Iturriaga, o novo dia de protestos começou pacífico na capital do Chile, mas, com o passar do tempo, os episódios de violência foram crescendo.

"Começamos muito tranquilos e, lentamente, grupos de pessoas começaram a se reunir com a intenção de causar prejuízos e violência para justificar suas demandas", disse o general.

Só na região metropolitana de Santiago 97 pessoas foram presas nesta segunda-feira.

Além da capital, o Exército do Chile também decretou toque de recolher na região de Valparaíso, na província de Concepción e nas cidades de Antofagasta, La Serena, Coquimbo, Rancagua, Talca e Valvídia.

Grupos violentos radicalizaram os protestos contra o governo de Piñera. O estopim para a crise foi o reajuste dos preços das passagens de metrô em Santiago, uma medida já revertida pelo governo. Desde o início das manifestações, 11 pessoas morreram em todo o país.

Piñera disse estar travando uma guerra contra os manifestantes violentos. Além de Santiago, ele decretou estado de emergência em 11 das 16 províncias do Chile.

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