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Sem controlar armas, Senado falhou com cidadãos, diz Obama

"A violência das armas requer mais do que momentos de silêncio. Requer ação", escreveu Obama


	Obama: "A violência das armas requer mais do que momentos de silêncio. Requer ação"
 (Carlos Barria / Reuters)

Obama: "A violência das armas requer mais do que momentos de silêncio. Requer ação" (Carlos Barria / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2016 às 14h26.

Washington -  O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira que o Senado "falhou com o povo americano" com a rejeição a quatro medidas encaminhadas para conseguir um maior controle de armas no país, qualificada pela Casa Branca como uma "vergonhosa exibição de covardia".

"A violência das armas requer mais do que momentos de silêncio. Requer ação", escreveu Obama em sua conta oficial no Twitter.

Com o "fracasso" na "prova" que supôs a votação de segunda-feira sobre as medidas para o controle das armas, "o Senado falhou com o povo americano", acrescentou.

Enquanto isso, o porta-voz de Obama, Josh Earnest, rotulou a votação de segunda-feira de "vergonhosa exibição de covardia" e afirmou que o presidente está "profundamente frustrado" a respeito.

Earnest enfatizou em declarações às redes "CNN" e "MSNBC" que as medidas submetidas à votação contavam com "um forte apoio bipartidário".

Os senadores republicanos "continuam protegendo um vazio legal que permite que pessoas suspeitas de terrorismo comprem uma arma de fogo (...) Isso não tem nenhum sentido", denunciou o porta-voz de Obama.

Uma semana depois do massacre em uma boate de Orlando (Flórida), que terminou um saldo de 50 falecidos (incluído o autor dos disparos) no tiroteio mais mortal da história dos EUA, o Senado rejeitou quatro propostas legislativas para aumentar o controle das armas de fogo no país.

Nenhuma das quatro medidas propostas (duas pelos republicanos e duas pelos democratas) obteve o mínimo necessário de 60 votos para ser levada adiante, já que os senadores tiveram voto marcadamente partidário, com a oposição dos progressistas às iniciativas dos conservadores e vice-versa.

Duas das medidas que foram votadas (uma democrata e outra republicana) eram bastante similares quanto ao objetivo, o de impedir que pessoas investigadas por terrorismo possam comprar armas.

A terceira proposta, apresentada pelos republicanos, dificultaria que históricos de pessoas com doenças mentais pudessem ser acrescentados a bases de dados de potenciais compradores de armas.

E a última proposta, apresentada pelos democratas, buscava requerer a todos os compradores de armas do país que tivessem que passar por uma comprovação de antecedentes criminais, algo que hoje em dia não ocorre em todos os estados.

Earnest destacou hoje que, nas 24 horas posteriores ao massacre de Orlando, houve outros 42 incidentes com armas de fogo em todo o país.

Esses incidentes "ocorrem todos os dias, em comunidades de todo o país", insistiu o porta-voz.

Da mesma forma que agora, após a morte de 20 crianças em 2012 no tiroteio na escola Sandy Hook de Newtown (Connecticut), o governo de Obama também pediu ao Congresso que leve adiante medidas para o controle das armas de fogo.

Então, em 2013, os congressistas nem sequer aprovaram a proposta que gerava mais consenso e que buscava implantar um sistema universal de verificação de antecedentes dos compradores.

Segundo uma pesquisa da emissora "CNN" divulgada na segunda-feira, 92% dos americanos apoiam que todo aquele que queira comprar uma arma de fogo se submeta antes a um controle de antecedentes.

Enquanto isso, 85% dos indagados é a favor de proibir a compra de armas às pessoas incluídas na lista de suspeitos de terrorismo que elabora o governo. 

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