O próximo prefeito paulista, que substituirá Gilberto Kassab, é fonte de discussão no partido de oposição ao governo federal (Prefeitura de SP/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2011 às 09h01.
São Paulo - Menos de seis meses após uma eleição presidencial marcada pela divisão do partido, o PSDB, principal sigla de oposição ao governo federal, deu ontem novas mostras de que não consegue se unir em torno de um projeto. Na capital de São Paulo, os tucanos fracassaram na tentativa de eleger uma chapa de consenso para comandar sua instância municipal e, assim, iniciaram divididos a caminhada pela sucessão do prefeito Gilberto Kassab.
O secretário estadual Julio Semeghini (Gestão Pública), com apoio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi eleito para comandar o Diretório Municipal do PSDB, porém sem o apoio da bancada de vereadores da capital, considerada fundamental para o eventual sucesso de uma candidatura tucana a prefeito por conta de sua inserção nas áreas mais populosas da cidade.
A bancada não aceitou os termos do acordo proposto pelo grupo de secretários ligados a Alckmin para a composição da Executiva e decidiu abandonar o processo de votação, realizado ontem na Câmara Municipal de São Paulo. Os vereadores queriam ficar com a secretaria-geral do PSDB paulistano, cargo logo abaixo da presidência na hierarquia partidária e com alto poder deliberativo. Não conseguiram.
"Acho que o resultado final foi muito ruim porque os vereadores são a base do partido", afirmou Floriano Pesaro, um dos tucanos mais influentes da Câmara por conta de sua ligação com o ex-governador de São Paulo José Serra e com o atual, Alckmin. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.