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Seguranças matam dois mineiros grevistas na África do Sul

Os dois mineiros, inicialmente feridos, morreram mais tarde no hospital, detalhou um coronel


	Mineiros grevistas se reúnem em Rustemburgo, África do Sul, em uma mina da Amplats em 5 de outubro
 (Stephane de Sakutin/AFP)

Mineiros grevistas se reúnem em Rustemburgo, África do Sul, em uma mina da Amplats em 5 de outubro (Stephane de Sakutin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2012 às 19h46.

Nairóbi - Dois mineiros grevistas morreram nesta quarta-feira em uma mina de carvão da província de Kwazulu-Natal, no leste da África do Sul, por disparos efetuados por guardas de segurança, informou a polícia.

Os trabalhadores foram abatidos quando tentavam invadir a sala de armas da mina de Magdalena, propriedade da empresa Forbes Coal, explicou o coronel Jay Naicker, citado pela agência de notícias sul-africana 'Sapa'.

Os dois mineiros, inicialmente feridos, morreram mais tarde no hospital, detalhou o coronel.

Os falecidos faziam parte de um grupo de cem mineiros grevistas que se reuniram hoje na mina e que foi dispersado pelos guardas de segurança da mina.

Naicker acrescentou que estão investigando os dois casos de assassinato e que o pessoal de segurança requisitou as armas para averiguar quem foi responsável pelos tiros que causaram a morte dos dois mineiros.

Os mineiros de Magdalena mantêm uma greve desde o dia 17 de outubro a fim de conseguir uma melhora salarial.

Desde agosto, o setor mineiro da África do Sul se viu sacudido por uma onda de greves que teve sua origem na mina de Marikana, cem quilômetros ao noroeste de Johanesburgo, onde morreram 34 mineiros por disparos da polícia.

As paralisações, que buscam altas salariais para empregados que com frequência vivem em condições precárias, tiveram um efeito muito negativo não só na imagem do país, mas na própria economia sul-africana.

Segundo os dados divulgados hoje pelas autoridades sul-africanas, a exportação de metais e minerais caiu 7,7% em setembro.

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