Carros da ONU saem do Líbano rumo à Síria: especialistas se unirão aos inspetores da missão conjunta da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) e da ONU (Stringer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2013 às 11h29.
Beirute - Uma segunda equipe de inspetores, que se unirá à missão de especialistas em armas químicas que trabalha atualmente na Síria, chegou nesta quarta-feira em Beirute rumo à Síria, informaram os meios de comunicação libaneses.
O grupo de 14 membros chegou à capital libanesa em um avião privado desde a Itália e se dirigirá por terra à Síria, sem que por enquanto se saiba qual será o próximo passo.
Estes especialistas se unirão aos inspetores da missão conjunta da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) e das Nações Unidas (ONU), que se encontram em território sírio desde 1 de outubro para verificar e desmantelar o arsenal químico do regime de Bashar al-Assad.
A OPAQ anunciou ontem o desdobramento da segunda equipe para ampliar e aumentar as atividades da missão.
Em comunicado, a organização ressaltou que no domingo funcionários sírios começaram a destruir certas armas químicas de categoria 3 e a inutilizar um leque de peças a fim de desmantelar todas as instalações de produção até 1 de novembro.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, propôs na terça-feira lançar uma missão conjunta da ONU e da OPAQ, formada por cerca de 100 pessoas, para eliminar o arsenal químico sírio.
O Convenção sobre as Armas Químicas estabelece que seus Estados (a adesão da Síria será oficial desde 14 de outubro) são responsáveis pela segurança dos investigadores da OPAQ, assim como dos custos da destruição do armamento.
Calcula-se que a Síria tem cerca de 1 milhão de toneladas de armas químicas, por isso que seu controle, transporte e destruição é "perigoso" e o processo total demorará algo menos de um ano, segundo detalhou Ban.
O grupo de analistas internacionais que já está na capital síria será o núcleo original da missão e a OPAQ se encarregará da parte mais técnica do trabalho e a ONU de coordenar o trabalho com o regime de Damasco e a oposição armada.