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Segunda posse de Obama será menos popular que a primeira

As posses presidenciais movem grandes massas nos Estados Unidos, mas o país nunca conheceu algo similar ao que foi vivido em 2009


	Barack Obama: haverá apenas dois bailes oficiais, que contarão com a presença do presidente e de sua esposa.
 (REUTERS/Jonathan Ernst)

Barack Obama: haverá apenas dois bailes oficiais, que contarão com a presença do presidente e de sua esposa. (REUTERS/Jonathan Ernst)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 13h05.

Washington - A cerimônia de posse do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para o seu segundo mandato no dia 21 de janeiro, contará com menos público que há quatro anos, o tempo será mais agradável e a segurança tão forte quanto antes.

No geral, as posses presidenciais movem grandes massas nos Estados Unidos, mas o país nunca conheceu algo similar ao que foi vivido em 2009, quando 1,8 milhão de pessoas aclamaram a chegada ao governo do primeiro presidente negro de sua história.

Desta vez, como ocorre em todo segundo mandato, espera-se uma presença menor.

O perímetro fechado à circulação em torno do Capitólio, da Casa Branca e da imensa esplanada do Mall será menor desta vez, mas as medidas de segurança serão tão severas quanto há quatro anos atrás.

Mochilas, cadeiras dobráveis e guarda-sóis estão proibidos nas cerimônias de posse presidencial, assim como os cartazes e o consumo de álcool.

"Esperamos que estejam presentes entre 500.000 e 800.000 visitantes, segundo os números das autoridades do transporte", disse à AFP Alicia Malone, do escritório de turismo Destination DC.

A maioria dos hotéis ainda tem quartos livres, incluindo o histórico Willard, na avenida Pensilvânia, muito próximo à Casa Branca, que oferece uma vista particularmente privilegiada do desfile na próxima segunda-feira.


O hotel propõe suítes decoradas no estilo do Salão Oval, o salão presidencial, a 5.700 dólares a noite por um mínimo de quatro noites, e quartos de luxo a 1.149 dólares a noite.

A porta-voz do estabelecimento, Barbara Bahny, prevê, de qualquer forma, que o hotel esteja com sua capacidade esgotada na data do evento.

Em uma localização menos privilegiada, o Ritz-Carlton oferece um pacote para duas pessoas, o pacote Access Washington, a 100.000 dólares, que inclui passagens aéreas de primeira classe de qualquer origem e carros com motorista a disposição desde a chegada ao aeroporto.

"Não acredito que se viva a loucura de 2009", considera a professora universitária Tuere Anne Marshall. Nascida em Washington há 61 anos, Marshall ainda lembra a cerimônia de posse de John F. Kennedy, em 1961.

"Também virá muita gente que não vive aqui. Estou muito feliz, é o início de uma nova administração", afirma à AFP enquanto vasculha nos objetos oferecidos na loja oficial de souvenirs, inaugurada na sexta-feira e dedicada a este acontecimento.

Esta loja, que possui um site, comercializa de "pins" a bolas de golfe, passando por camisetas, meias esportivas e copos.


As condições climáticas previstas para segunda-feira são mais favoráveis que há quatro anos, quando foi registrada uma temperatura de dois graus abaixo de zero, agravada por um vento norte gelado.

O blogueiro meteorológico do The Washington Post, Jason Samenow, previu para este dia temperaturas de um máximo de 5 graus centígrados, enquanto o AccuWeather é mais otimista e prevê +12 graus e um dia de sol.

Haverá, por sua vez, apenas dois bailes oficiais, que contarão com a presença do presidente e de sua esposa. Um estará reservado aos militares, o outro acolherá cerca de 35 mil pessoas, e ambos irão ocorrer no prático, mas pouco glamouroso centro de congressos de Washington.

Muitos bailes populares não oficiais também irão ocorrer no fim de semana prolongado, estendido até segunda-feira, o dia Martin Luther King, um feriado comemorado todos os anos.

Entre as dezenas de celebrações previstas, haverá uma ao estilo texano, outra Rhythm and Blues, um baile disco, e outro ao estilo cabaret.

Cameron French, adido de imprensa do Comitê pela Posse, disse à AFP que, embora na segunda-feira, dia 21, compareçam menos pessoas que há quatro anos, "o acontecimento será tão histórico" quanto o de 2009.

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