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Segunda Guerra: Homenageados judeus deportados pela polícia

É a primeira manifestação em território francês, em memória ao acontecido

Homenagem aos judeus presos e deportados pela polícia francesa: do número total de deportados, apenas uma centena deles sobreviveram (©AFP / Bertrand Guay)

Homenagem aos judeus presos e deportados pela polícia francesa: do número total de deportados, apenas uma centena deles sobreviveram (©AFP / Bertrand Guay)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2012 às 16h23.

Drancy - Centenas de pessoas participaram nesta segunda-feira, em Drancy, comuna ao norte de Paris, de uma cerimônia em homenagem aos 13.152 judeus presos e deportados há 70 anos pela polícia francesa, evento que ficou conhecido como "rafle du Vel d'Hiv".

É a primeira manifestação em território francês, em memória ao acontecido. As homenagens terminam domingo com uma cerimônia com a participação do presidente francês, François Hollande, no local do antigo Velódromo de Inverno de Paris (Vel d'Hiv), onde milhares de judeus foram presos.

Nos dias 16 e 17 de julho de 1942, 13.152 judeus foram detidos em Paris e seus subúrbios por 9.000 policiais e gendarmes franceses destacados para a operação, antes de serem deportados para campos de extermínio nazistas, incluindo Auschwitz.

Do número total de deportados, apenas uma centena deles sobreviveram e nenhuma das 4.000 crianças entre 2 e 12 anos, detidas pela própria iniciativa da polícia francesa, sem a demanda nazista.

Em Jerusalém, centenas de pessoas devem participar de uma cerimônia no Yad Vashem, memorial da Shoah (Holocausto), organizada pela Aloumin, a associação israelense de crianças escondidas na França durante a Shoah, e a delegação israelense da FDJF (Filhos e filhas de judeus deportados da França).

O embaixador francês em Israel, Christophe Bigot, depositou um buquê de flores sobre a inscrição 'Drancy' no coração de Yad Vashem (Autoridade de Recordação dos Mártires e Heróis do Holocausto). A oração pelos mortos foi recitado pelo neto de um deportado.

"Estes homens, estas mulheres, estas crianças acreditavam na França e foram abandonados pelo Estado francês à barbárie nazista ... 70 anos depois, essa mancha em nossa história não foi apagada", afirmou o embaixador em seu discurso.

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