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Segunda denúncia por pedofilia contra padres na Espanha

Religiosos detidos no sul da Espanha por pedofilia foram apresentados à Justiça, que recebeu uma segunda denúncia


	Papa Francisco: escândalo abalou o Vaticano, e levou o papa Francisco a exigir a verdade
 (Alessandro Bianchi/Reuters)

Papa Francisco: escândalo abalou o Vaticano, e levou o papa Francisco a exigir a verdade (Alessandro Bianchi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 11h48.

Madri - Os religiosos detidos no sul da Espanha por pedofilia foram apresentados nesta quarta-feira à Justiça, que recebeu uma segunda denúncia em um novo escândalo que abalou o Vaticano, levando o papa Francisco a exigir a verdade.

Apresentados inicialmente como quatro sacerdotes da arquidiocese de Granada, os detidos são, de acordo com fontes da investigação, três padres e um professor leigo de religião.

Detidos na segunda-feira após o papa incentivar a vítima a denunciar os abusos, os quatro foram interrogados nesta quarta-feira pelo juiz Antonio Moreno, informou à AFP uma fonte judicial.

"Eles começaram a depor. O primeiro depôs cedo esta manhã", indicou.

De acordo com a mesma fonte, o juiz Moreno, encarregado do caso desde o início de novembro, deve receber nesta quarta-feira "uma segunda queixa que foi apresentada na segunda-feira à noite à polícia".

Dado que a investigação "corre sob sigilo", não foi possível determinar a identidade do segundo queixoso, que, de acordo com a imprensa espanhola, seria amigo da primeira vítima, que já se apresentou como testemunha.

O escândalo começou depois que um homem de 24 anos escreveu uma carta ao papa Francisco denunciando ter sido vítima de abusos sexuais dos 7 aos 18 anos de idade por um grupo de religiosos em uma paróquia de Granada.

"As práticas sexuais mais comuns iam desde massagens a masturbações e beijos na boca", afirmava a carta, segundo a qual outros meninos e meninas podem ter sofrido os mesmos abusos.

"Eu recebi a carta, li, liguei para a pessoa e disse: amanhã vá ver o bispo", contou o papa, que forçou a abertura de um inquérito diocesano por abusos sexuais após receber a carta de uma vítima.

"Como estou vivendo? Com grande dor, com muita dor. Mas a verdade é a verdade e não devemos escondê-la", admitiu Francisco.

Francisco pediu tolerância zero contra a pedofilia, após o surgimento de vários casos nos últimos anos que afetaram a Igreja Católica, a maioria dos quais aconteceu entre 1960 e 1980.

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