Mundo

Segunda central de Fukushima está provavelmente condenada

Ministro acredita que falta de apoio da população local impede que a usina volte a funcionar

A usina de Fukushima: governo não planeja religar os reatores (Getty Images)

A usina de Fukushima: governo não planeja religar os reatores (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2011 às 17h54.

Tóquio - O novo ministro japonês da Indústria, Yukio Edano, reconheceu nesta quinta-feira que será difícil que a segunda central nuclear de Fukushima volte a funcionar, mesmo sem ter sido danificada como a primeira central na catástrofe do dia 11 de março, informou a imprensa nipônica.

O complexo atômico de Fukushima Daini (N°2), situado a cerca de 12 km da central acidentada Fukushima Daiichi (N°1), terá dificuldades para ser reativado, devido à oposição da população local, disse Yukio Edano durante uma coletiva de imprensa.

"Eu não acredito que seja possível conseguir a aprovação da população local", afirmou.

A autorização das municipalidades onde os reatores se localizam é uma das condições fundamentais para que seja religado, mas as pessoas e as administrações, traumatizadas pelo acidente causado pelo terremoto e tsunami, não estão dispostos a dar este aval, acredita o ministro.

Edano ressaltou que é difícil imaginar a possibilidade de religar os dois reatores não afetados de Fukushima Daiichi. A central atingida possui seis unidades, delas quatro foram condenadas pelo estado precário que causou problemas às autoridades e aos habitantes dos arredores. Em torno de 80.000 pessoas precisaram fugir de suas casas contaminadas por elementos radioativos.

As unidades 5 e 6 da central de Fukushima Daiichi e os quatro reatores da central de Fukushima Daini estão em um estado estável chamado de "parada à frio".

A companhia Tokyo Electric Power (Tepco), que gerenciava os dois complexos nucleares que totalizam dez reatores e onze piscinas de desativação na cidade de Fukushima, deverá desmantelar os seis reatores da primeira central, afirmou o ex-governo, do qual Edano era secretário geral e porta-voz.

Edano foi nomeado na segunda-feira ministro da Economia, Comércio e Industria pelo novo chefe de governo, Yoshihiko Noda, que sucedeu no dia 31 de agosto o primeiro-ministro Naoto Kan criticado por sua gestão das consequências do triplo desastre.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-nuclearesÁsiaFukushimaJapãoPaíses ricosUsinas nucleares

Mais de Mundo

Millennials estão mais ricos do que o esperado, mas a maioria ainda se sente estagnada

Imigração dos EUA se desculpa após deter cidadãos americanos que falavam espanhol

EUA congelam financiamento federal para ONGs que atendem migrantes

Trump confirma contatos com Moscou para repatriar vítimas russas de acidente aéreo