Horacio Cartes, do Paraguai, e Benjamin Netanyahu, de Israel: "decisão soberana é um acontecimento histórico", disse Cartes (Sebastian Scheiner/Pool/Reuters)
AFP
Publicado em 21 de maio de 2018 às 09h43.
Última atualização em 21 de maio de 2018 às 09h44.
O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, inaugurou nesta segunda-feira a embaixada de seu país em Jerusalém, a terceira nação a tomar tal decisão, que revolta os palestinos, depois de Estados Unidos e Guatemala.
Cartes e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu estavam na cerimônia, poucos dias depois que Guatemala (16 de maio) e Estados Unidos (14) oficializaram a transferência de suas embaixadas em Israel para Jerusalém.
As decisões geraram grande controvérsia, levando em consideração o status de Jerusalém - cuja parte Oriental os palestinos desejam como capital de seu futuro Estado - em um contexto de persistente conflito israelense-palestino.
"Esta decisão soberana é um acontecimento histórico para os vigorosos vínculos de amizade que unem Israel e Paraguai", disse Cartes, que destacou a coincidência com o aniversário de 70 anos da criação do Estado de Israel, "que meu país ajudou a aderir à Organização das Nações Unidas".
No dia 15 de maio, o presidente eleito do Paraguai, Mario Abdo Benítez, disse que examinará "no momento apropriado" a decisão de Horacio Cartes de transferir a embaixada em Israel de Tel Aviv a Jerusalém, depois de admitir que não foi consultado.
"Cartes pode tomar a decisão que quiser (...) Foi uma decisão em que não nos consultou. Em nosso sistema diplomático vamos ter muito cuidado com o que vamos dizer, embora possamos revisar (a decisão). Vamos analisar no momento", disse Abdo Benítez.