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Secretário se candidata à liderança dos conservadores

Crabb, que apoiou a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), disse que sua intenção é unir o partido, mas descartou seu apoio a um segundo referendo


	Stephen Crabb: para Crabb, as negociações sobre a saída da UE deveriam refletir as "necessidades de cada parte do Reino Unido"
 (Paul Hackett / Reuters)

Stephen Crabb: para Crabb, as negociações sobre a saída da UE deveriam refletir as "necessidades de cada parte do Reino Unido" (Paul Hackett / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2016 às 11h06.

Londres - O titular de Trabalho e Previdência do Reino Unido, Stephen Crabb, apresentou nesta quarta-feira sua candidatura à liderança do Partido Conservador, que está atualmente no poder, e foi o primeiro a fazê-lo após a abertura do prazo para a proposição dos nomes dos possíveis substitutos do primeiro-ministro David Cameron.

Crabb, que apoiou a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), disse que sua intenção é unir o partido, mas descartou seu apoio à convocação de um segundo referendo sobre a UE, após o realizado na última quinta-feira, no qual venceu a opção do "Brexit".

Os deputados conservadores que pretendem ocupar a liderança do partido têm até o meio-dia local de amanhã (8h de Brasília) para se inscreverem na corrida para substituir Cameron, que anunciou na sexta-feira sua intenção de renunciar em outubro após o resultado do referendo sobre a UE.

"Não devemos permitir que esta eleição pela liderança seja definida entre os que querem a permanência (na UE) e os do 'Brexit'. Quanto mais rápido nos concentrarmos no futuro, melhores oportunidades teremos para unir nosso partido e o país", afirmou Crabb, de 43 anos.

O político conservador acrescentou que vai tentar atender às aspirações dos 17 milhões de eleitores que votaram pelo "Brexit", por isso destacou a importância de se controlar a política imigratória do país, o principal argumento dos que apoiaram a saída do bloco comunitário.

Para Crabb, as negociações sobre a saída da UE deveriam refletir as "necessidades de cada parte do Reino Unido" (em referência a Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte).

Uma vez fechado o prazo para as candidaturas, terá início a fase de eleição interna, que terminará com a nomeação do líder no dia 9 de setembro.

O chamado Comitê 1922, que faz parte do grupo parlamentar conservador, será o encarregado de supervisionar esta escolha e a decisão final estará nas mãos de todos os filiados do partido.

Se houver vários candidatos, ocorrerá uma série de eleições entre os 331 deputados conservadores para que os concorrentes sejam eliminados até que restem dois, que serão submetidos ao voto dos filiados.

Em cada votação, um será eliminado, o que contar com o menor apoio dos deputados, por isso a quantidade de votações dependerá do número de candidatos que se apresentarem.

Entre os deputados favoritos para a liderança figuram o ex-prefeito de Londres, Boris Johnson, que fez forte campanha em favor da saída britânica da UE, e a ministra de Interior, Theresa May, que apoiou a permanência do país no bloco, mas é vista como uma figura capaz de unificar o partido.

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