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Secretário-geral da ONU diz que ataques em Israel e Gaza são 'apavorantes'

A afirmação foi feita durante a abertura da reunião de emergência do Conselho de Segurança para debater o conflito

O secretário-geral da ONU, António Guterres. (Denis Balibouse/Reuters)

O secretário-geral da ONU, António Guterres. (Denis Balibouse/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de maio de 2021 às 15h55.

Última atualização em 17 de maio de 2021 às 07h29.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse ao Conselho de Segurança da ONU neste domingo, 16, que as hostilidades em Israel e Gaza são "completamente apavorantes" e pediu o fim imediato dos conflitos.

Abrindo a primeira reunião pública do Conselho com 15 membros sobre o conflito, Guterres disse que a ONU está "trabalhando ativamente com todos os lados em busca de um cessar-fogo imediato" e pediu que eles "permitam que as tentativas de mediação se intensifiquem e tenham sucesso".

As mortes em Gaza chegaram a 181 ao longo da noite, incluindo 47 crianças, entre intensos bombardeios aéreos e de artilharia de Israel desde que os conflitos começaram na última segunda-feira. Dez pessoas foram mortas em Israel, incluindo duas crianças, em milhares de ataques com foguetes do Hamas e outros grupos militantes.

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu em privado duas vezes semana passada para discutir o agravamento da violência, mas ainda não conseguiu concordar em uma declaração pública porque os Estados Unidos - forte aliado de Israel - não acreditam que ajudaria, disseram diplomatas.

"A Organização das Nações Unidas está trabalhando incansavelmente com todos os lados para restaurar a calma", disse o enviado da ONU ao Oriente Médio, Tor Wennesland, ao Conselho. "A comunidade internacional tem um papel crucial. Precisa agir agora para permitir que todos os lados deem um passo atrás e se afastem do abismo".

Tentativas de trégua de Egito, Catar e da ONU até agora não deram sinais de progresso. Os Estados Unidos mandaram um enviado à região, e o presidente Joe Biden conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o presidente palestino Mahmoud Abbas, no sábado.

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